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Foco

De mala e cuia, primeiro grupo de argentinos chega a SP para jogo contra Suíça

Em trailer motorizado, grupo de amigos 'inaugura' o espaço no Sambódromo reservado pela prefeitura para torcedores do país

ISABEL KOPSCHITZ DE SÃO PAULO

Os argentinos Gustavo Avila, 25, Ricardo González, 39, Hernán Stern, 36, e Facundo Mocoroa, 33, eram os únicos torcedores de seu país no Sambódromo do Anhembi neste sábado (28).

Alocados em um motorhome (trailer motorizado) de 12 metros quadrados, os amigos foram os primeiros a chegar ao local, um dos pontos reservados pela Prefeitura de São Paulo aos estimados 70 mil argentinos que devem chegar à cidade para o jogo de sua seleção contra a Suíça, no Itaquerão, na terça (1º).

Eles pegaram a estrada no último dia 11, véspera do início da Copa, e já percorreram mais de 6.200 quilômetros por rodovias brasileiras.

Já estiveram no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Porto Alegre e, agora, na capital paulista.

"Sabemos que São Paulo é enorme, ainda não conhecemos nada. Bom seria dar uma volta de helicóptero", brincou o engenheiro Stern, enquanto assistia ao confronto entre Uruguai e Colômbia numa TV de 14 polegadas.

Todos tiraram férias especialmente para fazer a viagem, na qual calculam que gastarão R$ 20 mil.

Se a Argentina vencer e for às quartas de final, eles levantarão acampamento em direção a Brasília.

O grupo elogiou a organização da Copa, as rodovias brasileiras e disse apoiar a decisão da prefeitura de concentrar os argentinos nos mesmos locais.

"É uma ideia muito boa juntar os conterrâneos. Vimos que isso deu certo em Porto Alegre", disse Morocoa.

Os amigos contam que presenciaram brigas e provocações entre brasileiros e argentinos em dois estádios: no Maracanã, no Rio, e no Beira-Rio, em Porto Alegre.

"Vimos um jogando cerveja na cara do outro. O torcedor leva o fervor ao limite da agressão. É uma cultura sul-americana, não vai mudar", opinou o policial González.

Para o jogo de terça-feira, dizem não acreditar que haverá confusão entre torcedores, pois os europeus são "tranquilos".

Mas, se Brasil e Argentina se enfrentarem na final, afirmam, a rivalidade poderá descambar para agressões.

"A coisa vai ficar complicada. A polícia terá que pensar nisso. Não sei como vai ser", brincou Mocoroa.


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