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Felipão admite que time está devendo e volta a criticar Fifa

Técnico elogia David Luiz, Júlio César e Hulk e diz, sem revelar nome, que trocaria um dos 23

JUCA KFOURI ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

O técnico Luiz Felipe Scolari está convencido de que a seleção brasileira já pôs todo o coração que poderia pôr na ponta das chuteiras e que daqui para a frente será hora de valorizar a bola e sua posse para superar a Colômbia.

Como com os colombianos não existe o clima de guerra que havia com os chilenos, Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico, acredita que, nas quartas, será a hora de o futebol prevalecer.

E o auxiliar do técnico, Flávio Murtosa, chama a atenção para o fato de que se dá muito mais importância ao lance do pênalti em Fred no já distante jogo de abertura da Copa e pouca às admitidas simulações de Robben (leia mais sobre o atacante holandês na página D11).

Sim, o trio que comanda a seleção reconhece que o time está devendo, mas acha também que a Fifa não está nem um pouco disposta a ver o hexa ser comemorado no país.

A comissão técnica está se sentindo só, sem o apoio da imprensa brasileira, mais crítica do que ela gostaria.

Foi uma conversa nesta segunda (30) com seis jornalistas: dois desta Folha, Paulo Vinicius Coelho e o acima assinado, um da rádio Globo, outro da Band, um do jornal "O Estado de S. Paulo" e outro do jornal "O Globo".

THIAGO SILVA

Na entrevista, ficou claro que o time será alterado e que, como sempre, será importante a participação da psicóloga Regina Brandão.

Felipão quer ver o time valorizar mais a posse de bola e está preocupado porque, contra o Chile, a defesa se livrava dela com medo de vê-la perto do gol de Júlio César.

Um cuidado especial deverá ser dedicado ao capitão, o zagueiro Thiago Silva, que, marcado pela derrota na final dos Jogos Olímpicos de 2012, anda sentindo mais do que deveria o peso da Copa brasileira, bem ele que foi capaz de superar até uma tuberculose que quase o fez encerrar a carreira prematuramente.

David Luiz é o exemplo a ser seguido, o cara que mesmo com dores fortíssimas nas costas fez questão de bater a primeira cobrança contra os chilenos, enquanto houve outros que alegaram estar com as pernas pesadas, fruto da juventude da seleção.

HULK E JÚLIO CÉSAR

Felipão não revela quem trocaria, mas diz que hoje faria uma mudança entre os 23 convocados, e se fartou em elogios a Hulk, heroico, segundo ele, em busca de se redimir do erro no primeiro gol do time do Chile.

Sobre o goleiro Júlio César, a avaliação do técnico não poderia ser outra: passou quatro anos no inferno, treinou até com o filho e teve a recompensa que merecia.

Dramático e teatral ao seu estilo na conversa de quase uma hora com jornalistas no fundo da sala de entrevistas coletivas na Granja Comary, no fim da tarde de ontem, Felipão se queixou de jornalistas, pediu apoio à seleção e repetiu que pressioná-lo é o pior caminho.

Mostrou, no entanto, que entende que cada um faz seu papel e que o dele é juntar todas as forças que puder para chegar ao hexacampeonato.

Quando se falou em mudanças táticas, como puxar Marcelo, a quem rasgou elogios como apoiador, para o meio de campo ficar mais criativo, tanto Felipão quanto Parreira concordaram que na cultura do futebol brasileiro não cabem tais soluções, diferentemente do que a Holanda fizera com sucesso diante do México.

Da conversa, pode-se extrair uma certeza: o trio está convencido de que é hora de reagir. Contra a Fifa e contra todos, a começar pela seleção da Colômbia. Os três não têm dúvida de que o time chegará à semifinal da Copa.


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