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PATRÍCIA CAMPOS MELLO DE SÃO PAULOO sambódromo do Anhembi, em São Paulo, ainda está longe de se transformar no "tangódromo" que as autoridades brasileiras esperavam.
Até às 22h desta segunda (30), só 350 argentinos haviam chegado ao local, em 123 veículos. O local oferece 500 vagas para veículos.
Faltava gente, chuveiro, tomadas 220 V. Mas sobrava animação entre os torcedores, embora a maioria não tenha ingressos para o jogo desta terça (1º) contra a Suíça, no Itaquerão.
Manuel e Claudia Pedraza, que vendem choripán (pão com linguiça) em Córdoba, vieram em uma perua. Um dorme no porta-malas, e outro, no banco de trás.
"Porto Alegre era bem mais estruturado, o camping era pertinho da Fan Fest. Aqui tudo é longe", reclamava Manuel. No parque Farroupilha, na capital gaúcha, havia cerca de 2.500 argentinos.
Como as duchas no Sambódromo não funcionavam, então os dois foram tomar banho em um posto de gasolina. No decorrer da tarde, a SPTuris consertou os chuveiros. E, depois de muito protesto dos argentinos, liberou o local para churrasco.
O vendedor de veículos Carlos Soloaga comemorava: "Achei carne argentina, aleluia! Vamos acender o fogo".
A maioria dos torcedores ali planejava assistir ao jogo na Fan Fest do Anhangabaú.
Mas tinha gente que não estava nem aí para a partida. "Viemos por causa das meninas", dizia Fernando Chufi, 46, que tocava cumbia com seu grupo no sambódromo. Sem chuveiro, os cinco amigos pagaram R$ 20 pelo banho num hotelzinho.
No autódromo de Interlagos, outro local que está recebendo argentinos, há vestiários com chuveiros, mas ficam muito longe da área reservada aos argentinos. Carros da segurança do autódromo levam os turistas até o local, esperam e voltam.
Até 140 veículos cabem no espaço, mas até ontem havia apenas 12. Para a SPturis, os argentinos devem estar espalhados por São Paulo.
