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CEO de empresa parceira da Fifa é preso

Britânico Raymond Whelan é suspeito de liderar quadrilha internacional de venda de ingressos

DO RIO DO ENVIADO AO RIO

No momento em que a Fifa se prepara para a principal semana da Copa do Mundo, um executivo de empresa parceira da entidade foi preso no Rio sob suspeita de liderar uma quadrilha internacional de venda de ingressos.

O britânico Raymond Whelan, diretor-executivo da Match, foi detido nesta segunda (7) pela Polícia Civil do Rio no Copacabana Palace, QG da Fifa na Copa.

A Match é a única firma autorizada pela Fifa a vender ingressos associados a pacotes de hospedagem para a Copa. A entidade máxima do futebol negou irregularidades.

A polícia atribui a Whelan a chefia do grupo que começou a ser desmontado no dia 1º, com a prisão de 11 pessoas no Rio e em São Paulo. O diretor é o "graúdo" ligado à Fifa citado na semana passada por investigadores do caso.

Whelan negou as suspeitas ao ser abordado por policiais no hall do hotel. No momento estavam no local o príncipe Albert de Mônaco, o ex-jogador argentino Caniggia e diretores da Fifa.

A polícia chegou ao hotel às 15h40. Informado da prisão, o diretor da Match foi levado ao seu quarto, onde foram apreendidos 82 ingressos para as semifinais e final da Copa, US$ 2.000, um notebook e o celular pelo qual Whelan conversava com o franco-argelino Lamine Fofana, outro suspeito do caso.

SUSPEITAS

Fofana, preso na semana passada, é suspeito de ser o principal distribuidor dos ingressos arrecadados pela quadrilha --segundo a apuração, o grupo atuava pelo menos desde a Copa de 2002.

A investigação interceptou 900 ligações de Fofana para o celular de Whelan desde o início da Copa. Os dois falavam sobre quantidades de tíquetes, sem discutir valores.

Policiais que atuam no caso dizem acreditar que os preços fossem acertados pessoalmente, em reuniões no Copacabana Palace. A polícia pediu imagens do circuito interno de TV do hotel.

Whelan disse que os ingressos que guardava no quarto de hotel eram para parentes. Levado a uma delegacia na zona norte do Rio, ele se negou a depor na noite desta segunda. Seria mantido preso no local ao menos até a manhã desta terça (8).

Segundo o delegado Barucke, o grupo lucrava, em média, R$ 1 milhão por jogo. A expectativa era lucrar R$ 200 milhões até o fim da Copa.

O CEO da Match foi indiciado sob suspeita de fornecer ingressos para cambistas (artigo 41 do Estatuto do Torcedor), mas a polícia ainda reúne indícios para acusá-lo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.


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