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Diretor passou dois anos no Brasil de hotel em hotel

RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O britânico Ray Whelan, 64, preso sob suspeita de comandar a maior rede de comércio ilegal de ingressos da Copa, não tem o perfil de Lamine Fofana.

Diferentemente do franco-argelino, muito conhecido no meio do futebol, ele é mais discreto.

Trata-se de um homem de negócios, que comandava o gerenciamento de acomodações da Match.

Whelan passou os últimos dois anos no Brasil. De hotel em hotel, vendia pacotes VIP e observava quais hotéis atendiam critérios para credenciamento como acomodações oficiais.

Ele atuava oficialmente para a Match, mas em temas de interesse da Fifa, sua parceira comercial.

Sua prisão ocorreu no Copacabana Palace, hotel que abriga neste mês todo o primeiro escalão da Fifa: o presidente, Joseph Blatter, o secretário-geral, Jérôme Valcke, e os integrantes do comitê executivo.

O executivo é casado com uma das irmãs dos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, principais acionistas da Match. Seus filhos, Helen e Paul, também são diretores da Match e moram na Barra, no Rio.

Um dos braços da Match, a Match Hospitality possui exclusividade de venda de pacotes de hospitalidade da Copa. Tem como acionista minoritária (5% das ações) a Infront Sports & Media, presidida por Philippe Blatter, sobrinho do mandatário da Fifa.

A relação entre os irmãos Byrom e a entidade que gerencia o futebol mundial foi descrita no livro "Um Jogo Cada Vez Mais Sujo" (Panda Books), do jornalista Andrew Jennings.

Na obra, o jornalista acusa a Match de comandar um esquema de desvio de entradas de primeiro escalão (VIPs e de hospitalidade) da Copa para o mercado paralelo, com total conhecimento de Blatter.

A Match tem contratos com a Fifa até 2023, após a Copa do Qatar. Também tem direitos de vender pacotes para Mundiais femininos e para as duas próximas edições da Copa das Confederações.

No último contrato com a Fifa, prometeu repasse mínimo de US$ 300 milhões ao órgão.


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