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Fan Fests foram da euforia ao medo e à ironia em 90 minutos

DE SÃO PAULO

Como um eletrocardiograma alterado, as Fan Fests pelo país foram nesta terça (8) o registro da oscilação de humor da torcida brasileira.

Maior ponto de concentração de torcedores fora das arenas da Copa-14, os eventos se esvaziaram à medida que a goleada histórica da Alemanha se construía.

No primeiro tempo, com os improváveis 5 a 0, a euforia cedeu lugar à estupefação e à revolta. E no final, para quem ficou, humor e autoironia ante o massacre.

Na Fan Fest de Copacabana, palco de encontro de nacionalidades neste Mundial, os brasileiros eram maioria entre os 20 mil presentes.

E começaram a deixar o local após a "Blitzkrieg" alemã no primeiro tempo, com quatro gols em dez minutos. "Que horror", diziam.

O desastre suscitou até nostalgia da última derrota mais sofrida em Copas, os 3 a 0 diante da França em 1998. "Daquela vez ao menos a equipe lutou. Confiaram no Neymar e esqueceram do resto", dizia o auxiliar de serviços Cristiano Júnior, 39, de Porto Alegre.

BRIGAS E PREÇOS

Houve quem deixasse os eventos diante de brigas que, como no Mineirão, começavam a pipocar.

"Estou voltando para casa com medo de violência. Já teve começo de briga", afirmava o marceneiro do Recife Paulo da Silva Jr, 30, com a filha de 11 anos.

Em Salvador, o trio elétrico estava pronto --e ninguém ficou ao redor. Com a derrota, a prefeitura cancelou o show de Léo Santana depois do jogo no Farol da Barra. A recomendação foi da Polícia Militar, que temia acirramento de conflitos.

Ainda no intervalo da festa na capital baiana houve ao menos duas brigas.

E, com a eliminação desenhada, a lei da oferta e da procura logo entrou em cena. Para reduzir o prejuízo, ambulantes baixaram os preços. No Recife, por exemplo, o churrasquinho de carne foi de R$ 5 para R$ 2.

Quem sobrava fazia troça da tragédia. "No primeiro tempo foi desespero. Agora virou piada, maior vergonha da história", disse Lucas Gomes, 18, de Brasília.


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