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De volta à Granja, Neymar diz, emocionado, que poderia estar em uma cadeira de rodas se lesão nas costas fosse um pouco mais profunda

BERNARDO ITRI FABIANO MAISONNAVE MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS

Neymar, 22, voltou nesta quinta (10) à Granja Comary.

Com uma fratura na terceira vértebra, o craque chorou ao comentar o momento de sua lesão. "Se fossem dois centímetros para dentro, eu hoje poderia estar numa cadeira de rodas", afirmou. Médicos confirmaram à Folha que, se a lesão fosse mais profunda, isso seria possível.

O atacante declarou que não aceita o lance que causou sua lesão, mas contou que desculparia o colombiano Zúñiga pela joelhada.

Eles podem se reencontrar em 5 de setembro, quando a seleção fará seu primeiro amistoso após a Copa, contra a Colômbia, em Miami (EUA).

Vestido com uma camisa da seleção autografada por todos os jogadores, Neymar afirmou que a sua contusão e o vexame do Mineirão foram os piores momentos de sua vida.

Ao analisar a goleada por 7 a 1 ante a Alemanha, apontou que o time não demonstrou um futebol "de seleção" nesta Copa. Sobre a final, disse que torcerá por Messi e Mascherano, colegas de Barcelona, mas não admitiu que fará o mesmo pela Argentina.

Inimaginável

Em menos de uma semana, teve a pior lesão de sua vida e viu a seleção sofrer a maior goleada em Copas. "Foram as piores semanas que tive na vida. Se tivesse que imaginar algo ruim, não seria isso. Vai ficar um aprendizado."

A lesão e o risco

Relatou que não teve como se defender no lance em que sofreu a lesão. "Foi um lance que não concordo, não aceito. Não vou falar que foi desleal, que ele [Zúñiga] veio na maldade porque não estou na cabeça dele. Todos que entendem de futebol sabem que não é uma entrada normal. Quando se quer fazer uma falta para quebrar o contra-ataque, você segura, empurra. Da forma como ele veio e da forma como a bola vinha, foi uma entrada que não é de situação de jogo. Quando estou de frente e tenho a visão periférica, consigo me defender. De costas, não."

Emocionou-se ao falar do risco que correu: "Se fossem dois centímetros para dentro, eu hoje poderia estar numa cadeira de rodas."

Perdão a Zúñiga

Mesmo sem aceitar a lesão, falou que perdoaria Zúñiga. "Desculparia, sim. Não tenho rancor, ódio. Ele até me ligou, no dia seguinte, falando que não queria me machucar, que sentia muito. Desejo que Deus o abençoe e que ele tenha sucesso na carreira dele."

Goleada alemã

Disse não ter como explicar a goleada. "Foi inacreditável", disse. Houve um "apagão na nossa equipe. Ficou difícil de reverter. É fácil falar depois que as coisas acontecem. Já passei por isso e sei como é conviver com um apagão em campo. Você não consegue fazer nada. Tem que torcer para que acenda a luz rápido."

Humilhados

"Nos demonstramos um futebol regular e, por isso, chegamos à semifinal. Mas não demonstramos um futebol de seleção brasileira". Em referência ao jogo contra a Alemanha: "Nós nos sentimos humilhados".

Messi, o meu amigo

Vai torcer por seus companheiros de Barcelona, mas não admitiu que possa vibrar com a Argentina. "Pelo futebol, pela história que o Messi tem, de ter conquistado quase tudo, merece ser campeão. Torço porque é meu amigo."

Pito no agente

Wagner Ribeiro, agente de Neymar, disse que Felipão não dá padrão tático à equipe. O atacante se opôs. "Existem dois caras que respondem pelo que eu falo: eu e meu pai. E tudo que a gente falar a gente vai assumir e vai explicar para vocês. O que sai da boca do Wagner, é ele que tem que responder pelos atos. Não concordo e não aceito. Se eu vir ele hoje [quinta] vou xingá-lo porque não aceito."


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