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Elemento surpresa

EUA misturam bundas, torcida contra e sotaque britânico

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

As TVs americanas não têm problema em importar talento estrangeiro e contrataram comentaristas britânicos para a Copa, gente que domine o esporte.

A Copa na TV americana até que começou mal: o humorista Chris Rock disse que "não dava a mínima" para o torneio e que "o Brasil é conhecido pelas bundas, é por isso que a gente vai pra lá. Os negões sabem disso".

Mas foi desmentido pelos seus conterrâneos: audiências de até 25 milhões de espectadores em jogos dos EUA e bares com festas concorridas para se assistir às partidas que não envolviam a seleção pátria.

A colunista ultraconservadora Ann Coulter protestou contra a popularização desse esporte "efeminado, estrangeiro e de poucos pontos" e jogou a bola para a esquerda americana, que abraçou o futebol com orgulho. Obama torceu na TV e o goleiro americano foi parabenizado pelo Secretário de Defesa, trocadilho assumido.

Mas justamente na primeira Copa com grande atenção midiática nos EUA, ser brasileiro é ganhar condolências. O balconista nascido no Mali da lanchonete da esquina disse que estava com pena de mim.

Assistir à Copa pela Univision, a gigante rede de TV em espanhol, é descobrir que locutores argentinos, colombianos e mexicanos, sem exceção, torcem deslavadamente contra o Brasil.

A América Latina baseada em Miami não nos quer. E assim o Brasil tem seu dia de EUA e descobre o ódio que se atrai quando se é (ou era?) superpotência.


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