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PVC na Copa
Por uma ideia
O futebol brasileiro não acabou, mas é preciso trabalhar para que as cicatrizes ajudem a ganhar em 2018
José Maria Marin parece ter recuado da ideia equivocada de manter Felipão. Pelas declarações da entrevista coletiva, Felipão também está desconfortável. Não pode permanecer, porque o resultado é escandaloso. A derrota para a Holanda por 3 x 0 contraposta à eliminação contra a Laranja em 2010 desmente os números ordinários que você aprendeu na escola: quarto é pior do que sexto, neste caso.
É preciso ter uma ideia e ela absolutamente não existe. Tite é ótimo treinador, mas contratá-lo segue o modelo de sempre. Tirar alguém da vida do clube para aprender na trajetória até a Copa América. Uma nova eliminação e se começa tudo de novo. Não é assim.
É preciso apostar num ciclo de quatro anos com quem consiga fazer o futebol que se pratica no mundo. Posse de bola, aceleração no último terço do campo. É possível jogar de outro jeito, como o Borussia Dortmund de Jürgen Klopp mostrou na Champions League há dois anos.
Leonardo foi técnico do Milan e da Inter, diretor do Milan e do Paris Saint-Germain. Isso não indica que deva ser contratado, mas que se pode conversar sobre sua visão do futebol atual. Não custa nada.
Zico é um símbolo do futebol que se pretende praticar no Brasil, dirigiu um clube na Champions e uma seleção em Copa. Não significa que deva ser técnico ou diretor de seleções ou que seja justo considerar um possível trabalho com Leonardo, com quem jogou no Flamengo... Mas não custa ouvir o que têm a dizer.
Nem convidar Guardiola para palestras no Brasil --nos últimos 13 meses, deu dois cursos em Buenos Aires.
Esta geração começa a colecionar as suas marcas. O futebol brasileiro não acabou, mas é preciso trabalhar para que as cicatrizes desta campanha ajudem a ganhar em 2018. Para isso, é preciso pensar, buscar ideias novas. Não deitar eternamente em berço esplêndido.
