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Que Copa!

Mundial iguala recorde de gols; daqui a quatro anos não vai ser fácil para a Rússia manter o padrão Brasil

ROBERTO DIAS ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Será impossível esquecer os últimos 32 dias. Se há 119 anos Charles Miller desembarcou com a primeira bola no Brasil e mudou o rumo do futebol, agora a Copa do Mundo deixará o Brasil para nunca mais ser a mesma de antes.

Porque o futebol viveu um mês de gols em profusão, jogos espetaculares, torcida nas ruas. Uma Copa disputada no calor e no frio, na praia, na floresta e na metrópole. Tudo isso registrado em selfies, virais pelas redes sociais e estatísticas --o Datafolha compilou dados que mostram um campeonato fora da curva em vários sentidos

A principal característica desta Copa foi o grande número de gols. O Mundial deste ano igualou o recorde de 1998 de Copa com maior número de gols marcados, com 171.

A TORCIDA

Com a invasão das torcidas latinas no Brasil, a festa espontânea das ruas superou a das Fan Fests oficiais da Fifa. A bebedeira e a interação com os brasileiros correram soltas e ofuscaram as tão faladas preocupações com segurança. Em São Paulo, a Vila Madalena virou o coração dos turistas da Copa. Segundo a PF, 691 mil estrangeiros entraram no país em junho

OS ANFITRIÕES

Não faltou quem sugerisse que praia passe a ser item obrigatório de qualquer candidato a sede da Copa. A visão do paraíso prevaleceu sobre as imagens de tapumes em aeroportos e obras inacabadas pelo caminho

A FIFA

A Fifa colocou a tecnologia para dentro do campo, mas não só não conseguiu abafar os erros de arbitragem. Além disso, se viu enrolada num grande escândalo de ingressos

A TÁTICA

A maior novidade [tática] da Copa é que grandes seleções voltaram para os três zagueiros

Gérard Houllier, do grupo de estudos técnicos da Fifa

A MÍDIA

Vocês têm um país lindo, pessoas maravilhosas e jogadores incríveis --esta partida não pode destruir o seu orgulho

Completamente abismado, nunca vi nada semelhante #BrasilTeAmo #Paraíso #TudoNosso #RioÉFrenético #brazil #rio #poldi#aha #worldcup

escreveu o alemão Podolski

Aos números sempre bilionários de telespectadores, somaram-se um sem-fim de selfies dos próprios atletas e imagens de momentos politicamente corretos que viralizaram redes sociais adentro

> Foto que Messi postou no Instagram depois da vitória sobre a Suíça, nas oitavas de final, ao lado de Lavezzi e Di María

> O brasileiro David Luiz consolou o colombiano James Rodríguez depois das quartas de final e virou herói nas redes sociais

> Ninguém se esforçou mais dos que os alemães para cativar os brasileiros. Schweinsteinger cantou o hino do Bahia e vestiu também a camisa do Grêmio

> Seu companheiro Özil mandou uma mensagem aos brasileiros depois de golear os anfitriões por 7 a 1:

OS ARTILHEIROS

6 gols James Rodriguez (COL)

5 gols Müller (ALE)

4 gols Messi (ARG), Neymar (BRA) e Van Persie (HOL)

3 gols Schürrle (ALE); Enner Valencia (EQU); Benzema (FRA); Robben (HOL); e Shaqiri (SUI)

2 gols Götze, Hummels, Klose e Kroos (ALE); Djabou e Slimani; Cahill (AUS); David Luiz e Oscar (BRA); Bony e Gervinho (CMA); Sánchez (CHI); Jackson Martínez (COL); Bryan Ruiz (CRC); Mandzukic e Perisic (CRO); Dempsey (EUA); André Ayew e Asamoah Gyan (GAN); Depay (HOL); Musa (NIG); e Suárez (URU)

1 gol Khedira e Özil (ALE); Brahimi, Feghouli e Halliche (ALG); Di María, Higuaín e Rojo (ARG); Jedinák (AUS); De Bruyne, Fellaini, Lukaku, Mertens, Origi e Vertonghen (BEL); Dzeko, Ibisevic, Pjanic e Vrsajevic (BHG); Fernandinho, Fred e Thiago Silva (BRA); Koo Ja-Cheol, Lee Keun-Ho e Son Heung-Min (CDS); Aránguiz, Beausejour, Valdivia e Vargas (CHI); Matip (CMR); Armero, Cuadrado, Quintero e Teófilo Gutiérrez (COL); Campbell, Duarte e Ureña (CRC); Olic (CRO); David Villa, Fernando Torres, Juan Mata e Xabi Alonso (ESP); Brooks, Green e Jones (EUA); Giroud, Matuidi, Pogba, Sissoko e Valbuena (FRA); Samaras, Samaris e Sokratis (GRE); Blind, De Vrij, Fer, Huntelaar, Sneijder e Wijnaldum (HOL); Costly (HON); Rooney e Sturridge (ING); Ghoochannejhad (IRA); Balotelli e Marchisio (ITA); Honda e Okazaki (JAP); Giovani dos Santos, Guardado, Hernández, Peralta e Rafa Márquez (MEX); Odemwingie (NIG); Cristiano Ronaldo, Nani e Varela (POR); Kerzhakov e Kokorin (RUS); Dzemaili, Mehmedi, Seferovic e Xhaka (SUI); Cavani e Godín (URU)

O JOGO

Foi uma Copa de menos dribles e menos desarmes. De menos faltas e menos cartões. De menos lançamentos e menos impedimentos

OS GOLS

Eles voltaram! A Copa igualou o recorde de 1998 de Mundial com maior número de gols (171), com goleadas em jogos entre campeões do mundo (Alemanha 7x1 Brasil) e finalistas de Copa (Holanda 5x1 Espanha)

AS SELEÇÕES

> A Europa agora tem 11 Copas conquistadas, contra 9 títulos da América do Sul

> A Itália voltou a cair na primeira fase. A Espanha chegou com o time campeão menos renovado da história e foi eliminada já no segundo jogo. A Inglaterra decepcionou (de novo) e não foi além da primeira fase. No lugar dos figurões que tombaram, apareceram caras novas, como a Costa Rica e a Colômbia, que chegaram de maneira inédita às quartas de final. A Costa Rica, por sinal, redefiniu o chavão grupo da morte, deixando para trás três campeões mundiais

> A África continua sendo uma eterna promessa: não conseguiu colocar nenhuma seleção nas quartas de final

OS PERSONAGENS

Os 736 jogadores e 32 técnicos viveram mil e uma histórias no Brasil e não irão embora do mesmo jeito que chegaram

As estrelas

> Cristiano Ronaldo pegou o avião para casa antes do mata-mata. Neymar teve uma vértebra fraturada e viu a eliminação do Brasil no sofá de casa. Messi ficou sem o título e teve de se contentar com o prêmio de melhor do torneio

Os goleadores

> Graças ao colombiano James Rodríguez, que marcou seis vezes, a artilharia furou o teto de cinco gols das duas últimas Copas

Os goleiros

> O costa-riquenho Navas foi eleito três vezes o melhor em campo, o mexicano Ochoa parou o ataque brasileiro, o americano Howard fez 16 defesas no duelo com a Bélgica e o argentino Sergio Romero levou sua seleção à final ao parar dois pênaltis holandeses

Os polivalentes

> O alemão Lahm começou como volante e depois virou lateral direito, o holandês Kuyt jogou na esquerda, na direita e na esquerda de novo e o brasileiro Oscar começou na direita e acabou no meio

Os técnicos

> O holandês Louis van Gaal colocou um goleiro só para pegar pênalti, o argentino Alejandro Sabella mudou o jeito de Messi marcar e o alemão Joachim Löw mostrou o que faz um trabalho de longo prazo

Os perdedores

> Três técnicos campeões do mundo saíram da Copa em situação bem pior do que entraram: os brasileiros Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, massacrados pela Alemanha, e o espanhol Vicente del Bosque, que nem chegou à segunda fase. Outro que não ficou bem na fita foi o italiano Fabio Capello, o mais bem pago de todos, que não conseguiu levar a Rússia à segunda fase depois de ter caído nas oitavas com a Inglaterra em 2010

CAMPEÕES

1930 Uruguai

1934 Itália

1938 Itália

1950 Uruguai

1954 Alemanha Ocid.

1958 Brasil

1962 Brasil

1966 Inglaterra

1970 Brasil

1974 Alemanha Ocid.

1978 Argentina

1982 Itália

1986 Argentina

1990 Alemanha Ocid.

1994 Brasil

1998 França

2002 Brasil

2006 Itália

2010 Espanha

2014 Alemanha


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