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Levantamento aponta que Brasil poderia ganhar 21 medalhas olímpicas, abaixo da meta do COB

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) definiu como meta obter 30 pódios nos Jogos do Rio-2016, o que poderia render ao Brasil um lugar no top 10 do megaevento.

Se o evento fosse realizado neste momento, com dois anos de antecedência, o país-sede teria dificuldade para cumprir o objetivo.

O Brasil tem, atualmente, 21 atletas ou equipes entre os três primeiros no ranking mundial de seus esportes.

É o que aponta um levantamento momentâneo feito por técnicos de performance esportiva do COB, ao qual a Folha teve acesso.

"O sistema de rankings não traduz, muitas vezes, o real potencial de conquista de medalhas de uma nação, equipe ou atleta", afirmou Jorge Bichara, gerente geral de performance esportiva do COB.

"Não deixa de ser, porém, um fator de monitoramento importante do desempenho do Brasil, porque nos permite avaliar nosso estágio real de desenvolvimento técnico."

CONCENTRAÇÃO

Os mais bem ranqueados do país internacionalmente estão concentrados em apenas oito modalidades: atletismo, maratona aquática, natação, judô, vela, vôlei, vôlei de praia e boxe.

Para chegar próximo à meta estabelecida, o COB projeta que é necessário ter atletas com potencial de medalha entre 13 e 19 modalidades.

Em Londres-2012, a Itália ficou na décima posição geral, empregada uma classificação por total de medalhas. Os europeus conquistaram 28 pódios, oito deles dourados. Sendo que subiram ao pódio em 15 modalidades.

Naquela mesma edição, o Brasil conquistou medalhas em oito, número idêntico ao de Pequim-2008.

No que se desenha pelo levantamento parcial de 2014, o judô aparece como carro-chefe para a Rio-2016.

Neste momento, o país tem oito judocas entre os três primeiros do mundo. Mas isso não é garantia de sucesso ou fracasso nos Jogos.

"Muitas vezes, equipes e atletas adotam a estratégia de participar de mais etapas do que outras e levam vantagem no ranking pelo acumulativo de pontuações, porém não apresentam resultados individuais expressivos", ressaltou Bichara.

MARGEM DE ERRO

Alguns esportes não utilizam o processo de ranqueamento, ou o empregam, mas fazem atualizações em períodos esparsos. Por isso, o monitoramento também pode gerar algumas distorções.

O ginasta Arthur Zanetti, atual campeão olímpico e mundial nas argolas, não aparece no levantamento do COB já que seu esporte não institui ranking.

A mesma análise vale para a questão do calendário.

Esportes como natação e atletismo têm seus principais mundiais nos anos ímpares, ou seja, em 2014 não terão um megaevento para análise.

A principal competição da natação neste ano será o Pan-Pacífico de Gold Coast, na Austrália, que acontecerá neste mês. Por isso, Bichara disse que a análise mais completa virá ao final de cada ano deste ciclo.

No ano passado, temporada que abriu o ciclo olímpico, o Brasil conquistou 27 medalhas em campeonatos mundiais ou equivalentes.

Em 2014, o COB prevê arrecadar R$ 180 milhões com a Lei Piva, e repassará R$ 101 milhões a confederações.

Ao longo do ciclo olímpico que termina nos Jogos do Rio, deve desembolsar mais de R$ 600 milhões na preparação da delegação.

O resultado da meta de 30 medalhas, mesmo com valores recorde de investimento, ainda é uma incógnita.


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