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Baixo orçamento

Com folhas salariais equivalentes a de times modestos do futebol brasileiro, San Lorenzo e Nacional decidem o título da Libertadores

RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Com o salário que o Santos paga a Robinho, o paraguaio Nacional conseguiria bancar seu time todo por mais de dois meses. O argentino San Lorenzo arcaria com os custos do seu jogador mais caro por mais de meio ano. Robinho leva R$ 500 mil mensais e bônus por rendimento e dentro e fora de campo.

Após quatro títulos consecutivos de brasileiros e uma sequência de nove finais com participação de pelo menos um clube do país, a decisão da Libertadores terá só os primos pobres do continente.

Depois de empate por 1 a 1 na semana passada, no Paraguai, San Lorenzo e Nacional se enfrentam às 21h15 desta quarta (13) para decidir quem será campeão inédito do torneio sul-americano --o vencedor do jogo leva o título. Novo empate arrasta a final para a prorrogação e, se necessário, para os pênaltis.

Enquanto um clube da primeira divisão do Campeonato Brasileiro recebe milhões de reais por ano pela transmissão dos seus campeonatos --o Flamengo, por exemplo, ganhou cerca de R$ 110 milhões da emissora em 2013--, os finalistas da Libertadores consideram o prêmio de R$ 12,3 milhões pago ao campeão como uma fortuna.

Um abismo separa as realidades financeiras dos times do país pentacampeão mundial e do restante da América do Sul, incluindo aí Nacional e San Lorenzo.

Abismo que não impediu que os argentinos eliminassem Grêmio e Cruzeiro nos mata-matas e que o Nacional empatasse os dois jogos que fez com o Atlético-MG durante a fase de grupos.

A folha salarial paraguaia é de cerca de US$ 100 mil mensais (R$ 230 mil).

O valor é menor do que costumam gastar times modestos que disputam o Paulista. O Ituano pagava aproximadamente R$ 400 mil em salários no primeiro semestre.

O San Lorenzo tem um poder de investimento maior, mas ainda baixo se comparado aos rivais brasileiros. O meia Piatti, o mais caro do elenco argentino, ganha cerca de R$ 80 mil mensais.

O valor é tão irrisório que o San Lorenzo perdeu seu astro antes mesmo do fim da competição continental.

O meia foi para o Montréal Impact, do Canadá, e está fora da partida de hoje. Já Romagnoli, veterano capitão do time, tem pré-contrato acertado com o Bahia, que luta para não cair no Brasileiro.

O desmanche também deve atingir o Nacional, que é incapaz de competir com propostas que chegaram por Orué, Riveros e Torales.


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