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Pressão
Cartolas se reúnem com elencos de Palmeiras e São Paulo antes do clássico, e treinadores pedem paciência
Apesar de ocuparem posições diferentes no Campeonato Brasileiro, Palmeiras e São Paulo passaram por situações parecidas nos treinos desta sexta (15), a dois dias do clássico, no Pacaembu.
Jogadores e comissão técnica de ambos os clubes tiveram reuniões com seus dirigentes. De um lado e de outro, o ambiente é de tensão.
No São Paulo, o grupo ouviu o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, por cerca de 20 minutos antes do treino, no vestiário.
O cartola reclamou do modo como o time se portou na eliminação na Copa do Brasil, na última quarta (13), após derrota para o Bragantino por 3 a 1, no Morumbi.
Disse que a diretoria estava decepcionada com o desempenho do time e exigiu que haja melhora. O dirigente concluiu o encontro com uma manifestação de apoio.
A pressão só não é maior porque, no Brasileiro, o time está a sete pontos do líder Cruzeiro e a três do grupo que vai à Libertadores-15.
No Palmeiras também houve reunião, mas, ao contrário do rival, o encontro aconteceu após o treino e no centro do campo, visível a todos.
O gerente de futebol Omar Feitosa falou por cerca de 10 minutos com o grupo. Depois, conversou com Fernando Prass, Bruno e Wendel.
Oficialmente, o cartola disse que só passou orientações sobre o protesto marcado pela torcida organizada Mancha Alviverde diante do centro de treinamento durante o treino fechado deste sábado (16).
Sabe-se, contudo, que a fase do time preocupa a diretoria. Sem vencer há oito jogos no Brasileiro, o Palmeiras está a um ponto da zona de descenso.
MEA-CULPA
O encontro dos jogadores com os cartolas não foi mal visto pelos treinadores.
Muricy Ramalho aprovou o "puxão de orelha". Até reconheceu que o time vive um mau momento e concordou com as críticas do presidente, Carlos Miguel Aidar.
Na véspera, o cartola havia citado falta de entrosamento e a repetição de "momentos infelizes" na temporada.
"Depois do que jogamos, a gente merecia", disse Muricy sobre as cobranças do presidente. O técnico do São Paulo pediu mais paciência.
Do lado do Palmeiras, Ricardo Gareca disse que é o responsável pela falta de resultados. Mas, a exemplo de Muricy, pediu paciência.
"Se não há um grande trabalho, é porque não consegui. Mas vou conseguir", assegurou o treinador.