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Público no Brasileiro aumenta 36% depois da Copa do Mundo

FUTEBOL
Novos estádios e volta de ídolos alavancam crescimento da presença de torcida

RAFAEL REIS RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

Curiosidade por conhecer os novos estádios, conforto das arenas construídas de acordo com "padrão Fifa", aquecimento no interesse pelo futebol devido à pesada exposição do esporte na mídia.

A Copa do Mundo alavancou a presença do torcedor nos estádios do Brasileiro, a despeito da qualidade inferior dos jogos do campeonato nacional.

A média de público nas seis rodadas da primeira divisão nacional disputadas depois do Mundial foi 36% maior que nas nove rodadas realizadas antes do torneio.

Cada um dos primeiros 90 jogos da Série A de 2014 atraiu pouco mais de 12 mil pagantes por jogo. Nas 60 partidas a partir de julho, a média se aproxima de 17 mil.

A 15ª rodada, jogada neste fim de semana, teve uma média de 18,8 mil pagantes por jogo, a segunda mais alta desta edição do Brasileiro.

Antes do Mundial e com clubes tendo de atuar longe de casa por terem cedido suas arenas à Fifa, a oitava rodada alcançou somente a média de 8,5 mil pagantes por jogo.

No último fim de semana, três jogos ultrapassaram a barreira dos 25 mil pagantes.

As três partidas aconteceram em estádios da Copa: Cruzeiro x Santos, no Mineirão, vendeu quase 40 mil ingressos; Corinthians x Bahia, no Itaquerão, pouco mais de 30 mil; e o clássico Botafogo x Fluminense, no Mané Garrincha, quase 30 mil.

"Estádios mais modernos e bem estruturados fazem o torcedor fiel se sentir mais respeitado e ficar mais disposto a ir às partidas. O torcedor que costuma ir pouco também gosta do que vê e aumenta sua frequência", explica o consultor de gestão esportiva Amir Somoggi.

Não à toa, cinco das seis arenas com maiores médias de público do Brasileiro são as que foram construídas ou reformuladas para a Copa.

A exceção é o Morumbi, segundo colocado na lista. Mas há explicações: o São Paulo vende ingressos a partir de R$ 5 e repatriou Kaká.

"Ídolo aumenta o público", comenta Somoggi, lembrando que o crescimento na bilheteria está ligado também à contratação de estrelas.

"Com a Copa, houve um crescimento do interesse pelo futebol e isso se reflete no aumento da média de público", diz Pedro Trengrouse, coordenador de projetos da Fundação Getulio Vargas.

"Mas ainda estamos longe do potencial que temos. É só ver o que acontece nos EUA. O Seattle Sounders leva 40 mil pessoas por jogo", alerta.


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