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Uefa investiga dirigente italiano por frase racista
EUROPA
Presidente de federação disse que quem 'comia banana' tira espaço de jovens locais
A Uefa abriu uma investigação disciplinar contra o novo presidente da FIGC (Federação Italiana de Futebol), Carlo Tavecchio, por comentários racistas feitos durante sua campanha eleitoral para a presidência da entidade.
Tavecchio relacionou a dificuldade de renovação da seleção italiana ao espaço que é dado pelos clubes do país a jovens estrangeiros.
"Na Inglaterra, eles identificam os jogadores que podem fazer parte da base pelo profissionalismo. Mas aqui [na Itália], chega um Opti Poba' [jogador fictício criado pelo próprio Tavecchio], que antes comia banana, e agora já é titular da Lazio", afirmou.
O cartola, que foi eleito presidente da federação no dia 11 de agosto, disse "respeitar a decisão da Uefa de investigá-lo". "Nós já esperávamos, e estou certo que vou poder explicar tanto o meu erro quanto as minhas intenções", disse Tavecchio.
Ele já havia se desculpado publicamente pela declaração. "Eu adotei três crianças africanas, tenho uma cooperativa lá e construí dois hospitais", afirmou o dirigente.
A polêmica fez um grupo antirracismo da Itália enviar à sede da FIGC um cesto de bananas. O bilhete era assinado por "Opti Poba".
Um dos principais jogadores da Azzurra na atualidade, o atacante Mario Balotelli, é negro e tem origem africana.