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Análise

Pioneirismo da geração 1980 e apoio à base explicam títulos

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

O Brasil nasceu para o vôlei como potência na primeira metade dos anos 1980. Mas a trajetória vitoriosa começa pouco antes da derrota da seleção masculina, conhecida como "geração de prata", para os EUA na final da Olimpíada de Los Angeles-1984.

Rebobine o fio da memória para 1983. Dois fatos alçaram o Brasil a um patamar mais elevado. Um foi a apoteótica partida contra a URSS, papa-tudo da época, em julho perante quase 96 mil pessoas, no Maracanã. O outro foi o título do Pan de Caracas, sobre Cuba, rival imbatível então.

Quebrou-se uma barreira. A prata olímpica e tudo o mais vieram a reboque. Com ampla divulgação na televisão --e aí é forçoso lembrar de Luciano do Valle, ou "do Vôlei"--, o esporte caiu no gosto popular e as equipes ganharam patrocinadores.

Ginásios começaram a lotar. Clubes como o Banespa tornaram-se fontes de renovação que serviu às seleções.

Em 1992, veio o primeiro ouro masculino. Ao mesmo tempo, explodia o potencial da equipe feminina. Em meados dos anos 1990, a seleção era a única a encarar Cuba.

Os pódios viraram frequentes, na quadra e na praia, e a condição de potência se consolidou em duas fases no novo milênio: primeiro com o time masculino de Bernardinho; e agora com as meninas de José Roberto Guimarães.

Internamente, nem sempre o sucesso se reflete. Os campeonatos nacionais constantemente veem a fuga de patrocinadores e equipes.

A TV aberta hesita em abraçá-los e só exibe jogos decisivos. E, apesar do profissionalismo, a CBV não difere de suas equivalentes. A gestão de Ary Graça, presidente até março, é investigada por irregularidades em contratos.

A razão para tantos títulos começa já na base. O Brasil é tradicionalmente o maior campeão nas categorias menores, com investimento técnico alto. Jogadores como Nalbert surgiram nos times de base da seleção e mantiveram o nível na equipe adulta. O plano de carreira' garante aos atletas anos a fio nos times comandados por Zé Roberto e Bernardinho. O costume com os troféus vem de cedo.


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