Folha de S.Paulo

Palmeiras repetiu formação só três vezes na temporada

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

A briga pela permanência na Série A do Campeonato Brasileiro tornou-se a prioridade do Palmeiras para o ano de seu centenário.

Por isso, para o jogo desta quarta (27), quando o time enfrenta o Atlético-MG pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no Pacaembu, o técnico Ricardo Gareca decidiu não levar a campo alguns dos seus principais jogadores.

Wendel, Wesley e Tobio, que costumam ser titulares, serão poupados. Weldinho e Victorino foram chamados para a partida e têm boas chances de começar jogando.

Com a provável escalação alterada, o Palmeiras deve chegar a uma marca surpreendente: terá sua 38ª formação diferente em 41 jogos oficiais no ano de 2014.

Apenas duas escalações foram repetidas ao longo do ano: duas vezes no Paulista e uma vez no Brasileiro.

O time que enfrentou o Penapolense pelo Paulista jogou também contra o São Paulo e contra o Corinthians, sob o comando de Kleina.

Após a demissão de Kleina, o técnico interino Alberto Valentim repetiu a escalação da partida contra o Figueirense ante a Chapecoense, pelo Brasileiro.

Nos dez jogos oficiais com Gareca no clube, o treinador nunca escalou duas vezes o mesmo time. Isso se deve à adaptação do treinador à equipe, mas também é reflexo do fato de o argentino receber em momentos diferentes os reforços que pediu.

Desde que assumiu como treinador, foram contratados Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo, todos argentinos, como o técnico.

As lesões de atletas como como o goleiro Fernando Prass e o meia Valdívia, também contribuíram para essa inconstância.

INCAPACIDADE

Integrante da segunda Academia, o ex-goleiro Emerson Leão credita a variação constante no Palmeiras à falta de planejamento.

"Antes de vir a repetição, tem de vir a capacidade dos jogadores e do grupo", diz o ex-jogador. "Se o técnico não repete muito as peças é porque o elenco teve problemas na hora de sua formação. É fruto da incapacidade de quem escolheu as peças."