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Ciente da derrota, Platini desiste da Fifa

POLÍTICA
Convencido de que Blatter será reeleito, francês abdica de concorrer à presidência da entidade em 2015

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO LEANDRO COLON DE LONDRES

O presidente da Uefa, Michel Platini, 59, anunciou nesta quinta (28) que desistiu de concorrer nas eleições presidenciais da Fifa, marcadas para maio de 2015.

A decisão foi tomada para evitar uma derrota que o francês considerava certa.

Desde 11 de junho, Platini está convicto de que o suíço Joseph Blatter, 78, será reeleito para cumprir um quinto mandato à frente da Fifa, a entidade que comanda o futebol no mundo.

O sinal foi dado quando as propostas de limitação de mandato e idade para cartolas na entidade foram rejeitadas pelo congresso da Fifa, em São Paulo.

As medidas defendidas por Platini tiveram apoio apenas das federações europeias. Os países dos outros continentes se uniram contra a regra, que tiraria de Blatter a possibilidade de ser candidato.

No dia anterior, a Uefa havia aberto guerra contra a administração de Blatter. Os principais cartolas europeus, com exceção de Platini, deram fortes declarações exigindo a saída do presidente.

Foi a última cartada do dirigente e ex-jogador francês. Se conseguisse apoio fora do seu continente natal, Platini certamente seria o candidato. Como o movimento deu errado, ele desistiu.

"A minha hora ainda não chegou. Pensei muito, mas não consegui me convencer", afirmou nesta quinta (dia 28) Platini, que tentará agora a reeleição na Uefa, entidade que preside desde 2007, quando foi eleito ancorado no apoio de Blatter.

O suíço, aliás, teria prometido ao francês que não concorreria a outra reeleição. Os indícios de que Blatter quebraria o acordo levaram ao rompimento da aliança.

A decisão de Platini foi anunciada antes da divulgação da conclusão da investigação da Fifa sobre esquema de propinas que teria favorecido a candidatura do Qatar como sede da Copa-2022.

O francês teve o nome mencionado por jornais ingleses por supostamente ter tido encontros secretos com Mohammed bin Hammam, dirigente do futebol do Qatar, ex-vice-presidente da Fifa e apontado como pivô da distribuição do dinheiro.

Sem Platini, que planeja ser candidato em 2019, o único rival de Blatter na eleição deve ser o francês Jérôme Champagne, 56, diretor de relações internacionais da Fifa em parte da gestão do suíço. Sem apoio político, é visto como um outsider na disputa.

A Uefa ainda estuda se lançará um novo candidato, possivelmente o holandês Michael van Praag, 66, ex-presidente do Ajax, apenas para marcar posição na eleição.

Se Blatter for eleito, como apontam os prognósticos, o suíço ficará 21 anos no comando da Fifa, pouco menos que seu antecessor, o brasileiro João Havelange, presidente entre 1974 e 1998.


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