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Astro senegalês diz que talento no basquete veio do futebol

MARIANA BASTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE GRANADA (ESPANHA)

Uma das revelações deste Mundial de basquete diz dever ao futebol parte do talento que tem com a bola nas mãos. Quem já viu o senegalês Gorgui Dieng em quadra na Espanha impressionou-se.

Ele é o segundo melhor reboteiro do torneio (média de 11,4 por jogo) e o sétimo maior pontuador (90 pontos). Com números expressivos, Dieng ajudou Senegal a chegar pela primeira vez na história em uma fase de mata-matas. Neste sábado (6), a equipe enfrenta a anfitriã Espanha, às 17h (de Brasília, com ESPN+).

Dieng atribui parte de seu talento ao fato de ter praticado futebol em sua infância. Ele afirma que com o futebol conquistou habilidade e coordenação motora para a prática de outros esportes. Acabou tendo que optar pelo basquete porque cresceu demais.

"Venho de um país que ama futebol. Jogava quando era criança, passei a jogar basquete, mas ainda me divirto com futebol", conta Dieng, 24, hoje com 2,11 m.

Mesmo alto, possui habilidade com a bola nos pés. Em um vídeo no Youtube, exibe-se dando uma carretilha que levanta a bola como se fosse uma ponte aérea para um colega enterrá-la na cesta.

O pivô abre um imenso sorriso quando escuta a palavra Brasil. "Adoro o futebol brasileiro. Ronaldinho é o meu jogador preferido de todos os tempos", afirmou o atleta, que se diz fã do Barcelona e, por conta disso, de Messi, Neymar e Daniel Alves.

Dieng diz já se sentir 70% realizado na carreira porque conquistou um dos sonhos: jogar pela NBA --ele atua no Minnesota Timberwolves.

E os outros 30%? "Quero ser um exemplo para as crianças de meu país. De um atleta que não se dedica só ao esporte como também aos estudos", afirma o pivô, que fala quatro idiomas e, nos EUA, cursa faculdade de administração esportiva.

BRASIL NO MATA-MATA

A seleção brasileira enfrenta a Argentina no domingo (7) pelas oitavas de final.