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entrevista rubén magnano

Será uma luta tática e física contra a Argentina

O argentino Rubén Magnano vê a seleção brasileira de basquete em 'bom momento', mas prevê jogo duro hoje

MARIANA BASTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MADRI

Mal acabou o treino em Madri, na Espanha, na última sexta (5) e Rubén Magnano, técnico da seleção brasileira de basquete, foi cercado por jornalistas argentinos.

O técnico é respeitado por seus conterrâneos. Não à toa. Foi sob seu comando que a Argentina conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas-2004.

No início de 2010, ele aceitou o desafio de treinar um dos maiores rivais de seu país: o Brasil. O duelo deste domingo (7), válido pelas oitavas de final do Mundial, será a quinta vez que Magnano dirigirá a seleção brasileira contra a equipe de seu país em competições internacionais de grande porte.

O saldo não é positivo. São três derrotas para a Argentina e somente uma vitória do time brasileiro.

Na primeira vez, no Mundial de 2010, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final. No Pré-Olímpico de 2011, os brasileiros venceram a primeira partida, mas acabaram sucumbindo na final diante dos hermanos. Na Olimpíada de 2012, a seleção foi eliminada de novo, desta vez nas quartas de final.

Em entrevista exclusiva à Folha, ainda com um sotaque carregado de portunhol, o técnico da seleção brasileira fala sobre o que sente quando, do outro lado da quadra, estão justamente os seus ex-comandados.

Folha - O que passou pela sua cabeça quando o senhor decidiu treinar o Brasil?
Rubén Magnano - São sensações muito esquisitas. Não é todo mundo que tem a possibilidade de viver essa sensação. Você tem um histórico com essa seleção e não imagina que um dia vai jogar contra ela.
É claro que, quando eu assinei o contrato, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi que talvez no futuro eu fosse enfrentar a seleção argentina, mas não imaginei que seriam tantas vezes.
Esse futuro veio, veio, veio e agora novamente. Mas estamos preparados para isso. Eu continuo sendo argentino, gosto do meu país, mas agora tenho que defender as cores do Brasil. Disso não tenho dúvida.

E como é olhar para o outro lado da quadra e ver que estão ali seus ex-comandados, jogadores com quem você celebrou o ouro olímpico?
É reconfortante porque são caras com quem trabalhei, pelos quais tenho muito respeito ainda. É engraçado, mas é a realidade e tudo bem.

Por ter treinado esses jogadores e, por isso, conhecer o estilo de jogo deles, o senhor considera ter uma vantagem neste confronto?
Não. Quando o jogador é talentoso, é difícil prever o que vai fazer. E a Argentina teve por um longo tempo muitos jogadores talentosos. É difícil controlar esse tipo de jogador em só uma situação porque ele tem resposta para tudo. É por isso que conquistaram o que conquistaram.

Depois que o Brasil se classificou e ficou aguardando o adversário das oitavas, o senhor pressentiu que poderia ser a Argentina?
Eu senti depois que vi Senegal perder para as Filipinas. Antes mesmo de a Argentina perder para a Grécia, eu pensei: "Acho que o destino novamente vai fazer com que cruzemos com a Argentina". E assim foi.

Como o senhor avalia a atual seleção argentina? Sente que existe um favoritismo do Brasil nesse jogo?
Eles trocaram alguns jogadores. Têm atletas novos. O lance é lutar, fazer uma luta tática, uma luta física, uma luta técnica com eles. Nesta fase da competição, não há favoritismo. Temos respeito.
Mas estamos em um bom momento. Terminamos a primeira fase com quatro vitórias e uma derrota.


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