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Brasil ergue centro paraolímpico para abrigar 15 esportes

RIO-2016
A ser inaugurado em 2015, o complexo para treinos e competições em SP custará R$ 264,7 milhões

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A dois anos dos Jogos Paraolímpicos do Rio, em 2016, o Brasil está próximo de contar com uma estrutura de alto nível para preparar seus atletas para o megaevento.

A delegação do país, que tem como meta ficar entre as cinco melhores no quadro de medalhas --em quantidade de ouros--, fará sua preparação no local, em São Paulo.

Com mais de 40% das obras já finalizadas, o centro de treinamento nacional voltado especificamente a esportistas com deficiência será inaugurado no próximo ano.

No mês passado, a Folha visitou o complexo, com capacidade para receber 15 modalidades paraolímpicas. Ele fica no parque Fontes do Ipiranga, próximo à rodovia dos Imigrantes, na zona sul da capital paulista, em área de 61 mil m² --cerca de oito campos de futebol-- onde antes funcionava a Fundação Casa.

O custo total das obras, que começaram em setembro de 2013, é de R$ 264,7 milhões --semelhante ao custo da construção do complexo aquático dos Jogos de Pequim-2008--, divididos entre Ministério do Esporte (R$ 145 milhões) e governo estadual de São Paulo (R$ 119,7 milhões) --o terreno, com valor estimado em R$ 390 milhões, foi cedido pelo Estado. Nesta conta entra o aparelhamento do centro.

Ao CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) caberá ocupar e utilizar o complexo e definir os critérios esportivos.

Na visão dos investidores, o centro de treinamento é o mais completo do mundo para o esporte paraolímpico.

"Fomos à China e à Coreia do Sul visitar os centros deles. Por que sempre estão em primeiro lugar? Porque têm centros específicos. Nenhum, porém, chega a abrigar 15 modalidades, como o de São Paulo", disse Alexandre Perroni, chefe de gabinete da secretaria estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

"A nossa ideia é que ele esteja entre os três melhores do mundo. O centro é um dos legados mais concretos deste ciclo de 2016. Os seis países que ficaram à nossa frente [em Londres-2012] têm centros de treinamento. O Brasil não tinha", disse o presidente do CPB, Andrew Parsos.

A instalação terá uma piscina de 50 m com arquibancada para 200 lugares e outra, de 25 m, para aquecimento. A pista de atletismo terá a certificação mais alta da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) e poderá receber eventos.

Haverá quadras multiuso para tênis, rúgbi, golbol, tênis de mesa, bocha, vôlei sentado e futebol de 5 (para cegos) e de 7 (para paralisados cerebrais). Todos os níveis são conectados por uma rampa em espiral e elevadores.

Além das praças esportivas, será erguida uma área residencial com 284 leitos adaptados e refeitório --cada quarto comporta de duas a seis pessoas--, assim como 300 vagas de estacionamento.

Um departamento de medicina e ciência do esporte também funcionará no local. O número de profissionais envolvidos na operação do centro ainda está em estudo.

INDEFINIÇÃO

Até agora não se sabe quem vai arcar com os custos de manutenção anual do centro, que devem ser milionários. O CPB e os governos estudam qual é o modelo ideal.

"É uma frase óbvia, mas é mais difícil mantê-lo do que construí-lo. A ideia é que o centro gere receita para se manter, com outros eventos e atividades", disse Parsons.

O CPB pretende realizar no local os Jogos Parapan-Americanos juvenis de 2017, que reúne cerca de 1.500 atletas.

Outra opção é envolver a iniciativa privada por meio da venda dos "naming rights" --já há negociações com empresas interessadas em batizar o local-- ou parceria.


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