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Por dentro do Aberto dos EUA

Bandejões de luxo, lounge visitado por Michael Jordan, piscinas de gelo, sonecas antes das partidas de tênis... Conheça bastidores do Grand Slam de Nova York

EDUARDO OHATA ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Estrelas do tênis mundial se alimentam durante o Aberto dos EUA, em Nova York, de uma forma que lembra muito os sistemas de vale-refeição e os bandejões tão conhecidos por trabalhadores de empresas aqui no Brasil.

Menos o sérvio Novak Djokovic, campeão da edição de 2011 do torneio, que muitas vezes opta por trazer sua "marmita", um prato de massa sem glúten, que ele pede aos funcionários do restaurante para esquentar.

Foi o que a reportagem viu ao obter fotos raras dos bastidores da competição. Também ouviu relatos de pessoas credenciadas a entrar em áreas voltadas exclusivamente para tenistas e convidados no estádio Arthur Ashe, local nesta segunda (8) da final masculina do torneio.

Ao chegar ao torneio, os tenistas recebem um cartão, semelhante ao sistema de vale-refeição que é "carregado" com US$ 50 diários, para que usem como quiser.

No restaurante, há bancadas nas quais ficam diferentes tipos de alimento, como carnes, massas e saladas, e o tenista monta seu prato (o sistema é semelhante ao das empresas brasileiras, mas a comida, como se pode imaginar, tem qualidade superior).

Quem supõe que as estrelas possuem camarins separados se engana. Elas dividem um vestiário equipado com máquina de refrigerante, geladeira com isotônicos, água e frutas, piscina de gelo para tratamento de recuperação, além de uma grande sala para fisioterapia.

Mas os campeões têm um outro mimo no vestiário: seus armários são personalizados. Levam uma placa de metal com o seu nome e os anos de seus títulos.

Em alguns casos por superstição, eles não costumam trocar por outros armários, mesmo que fiquem em posições que os obriguem a se ajoelhar para utilizá-los.

No vestiário, chama a atenção uma "parede" com sete monitores, que exibem os principais jogos, e um oitavo, que mostra os placares.

A atração não serve apenas a propósitos estratégicos, como acompanhar as performances dos rivais em potencial. Como as partidas não têm hora exata para começar (dependem da conclusão dos jogos anteriores), os monitores são úteis para que os tenistas acompanhem o andamento das partidas da quadra onde irão atuar e se programem para entrar.

Para tomar um café, por exemplo, eles têm à disposição um jardim de inverno, situado em frente à sala dos encordoadores, cerca de 20 profissionais especializados em trocar as cordas das raquetes.

Alguns tenistas, como Roger Federer, contam com seus próprios encordoares.

Há monitores também no lounge dos tenistas, onde não é raro flagrar alguns tirando sonecas em confortáveis poltronas. Foi numa delas que se acomodou o ex-astro do basquete Michael Jordan durante visita a Federer nesta edição do Aberto dos EUA.

Tenistas enfadados com as atrações do complexo podem lançar mão da "hospitality" do evento, que busca lugares em restaurantes ou ingressos para os shows da Broadway.

E quem fica entre os mais bem colocados no torneio ganha o direito de receber ingressos para o Aberto para o resto da vida, oportunidade de reviver as suas glórias.


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