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Antes crítico às atuações do Brasil, Oscar agora elogia o desempenho
BASQUETE
Ex-jogador, que chegou a pedir demissão de Magnano, diz que time pode ser campeão
A seleção de basquete está próxima de conquistar o objetivo inicialmente proposto: superar o 5º lugar da Olimpíada de 2012. Caso vença hoje a Sérvia, às 13h, a equipe assegurará vaga entre as semifinalistas do Mundial.
Com isso, alcançaria no mínimo uma fase da competição que não disputa desde o Mundial de 1986, também sediado na Espanha. Na ocasião, o time era liderado por Oscar Schmidt e terminou em quarto após derrota na semifinal para os EUA por 96 a 80.
"Em 1986, foi ótimo porque eliminamos aqui dentro a Espanha. A imprensa daqui nos chamou de dopados. Nunca viram tanta vibração num jogo. O ginásio estava lotado, mas a gente não dava a menor bola para a torcida", lembra Oscar, que está em Madri a convite da Fiba (Federação Internacional de Basquete).
"A semi foi incrível também porque estávamos perdendo por 26 pontos para os EUA, reduzimos para cinco a diferença, mas acabamos perdendo. Esse quarto lugar foi o prelúdio para ganhar o Pan de 87 [conquista histórica, em que o Brasil bateu os EUA na casa dos rivais]."
Maior crítico da atual geração, Oscar se rendeu às boas atuações da equipe, sobretudo na vitória sobre a Argentina nas oitavas de final.
"Se jogarmos como no primeiro tempo do jogo contra a Argentina, a gente perde para todo mundo. Mas se jogarmos como no segundo tempo, não tem para ninguém, nem para a Espanha. Seremos campeões mundiais."
Há um ano, o clima entre Oscar e a seleção era bem diferente. Após o fiasco do Brasil na Copa América, em que perdeu todos seus quatro jogos, o ex-jogador chegou a pedir a demissão do técnico Magnano. Também disse que Nenê e Leandrinho tinham dado "calote" na seleção (os atletas da NBA haviam pedido dispensa do torneio).
"Os jogadores da NBA estão um pouco mais identificados com o Brasil. O que tem mais identificação é o Anderson Varejão, o melhor do time. Tem que ser titular sempre porque é o que mais briga, o que mais tem vontade."
Apesar do encantamento pela seleção, Oscar prefere evitar contato com os jogadores. "Não quero botar pressão. Já conversei com o Marcelinho Machado quando encontrei com ele na rua aqui. Mas é melhor não me meter."
Sobre a Sérvia, ele prevê um jogo "duro".
SAÚDE
O ex-atleta, que se recupera de um tumor no cérebro, afirmou que está bem de saúde. E que não chegou a se emocionar quando o Brasil eliminou a Argentina.
Hoje, estará novamente no ginásio de Madri para torcer pela seleção. "Se ganharmos da Sérvia, aí acho que vou me emocionar."