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Análise

Ferrari necessita de vitórias na F-1 para manter seu sucesso mundial

EDUARDO SODRÉ EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Se fosse medida pelo volume de carros vendidos por ano, a Ferrari seria diminuta. Mas é a força do nome que move bilhões de dólares anualmente. A cadeia começa em broches vendidos em autódromos e tem o ponto mais alto no superesportivo FF, que custa R$ 2,8 milhões no Brasil.

De acordo com um estudo divulgado em 2013 pela consultoria Brand Finance, a empresa italiana é a marca mais famosa do planeta, embora não seja a maior empresa. Isso explica a importância dos resultados nas pistas.

A Mercedes-Benz pode abrir mão de temporadas vitoriosas, pois isso não irá interferir fortemente nas vendas de sedãs de luxo, emplacados em grande volume. Com a Ferrari é diferente. A marca precisa de times vencedores na F-1, única competição em que é de fato reconhecida.

Essa necessidade, somada ao estilo de Sergio Marchionne, resultou na saída de Luca Di Montezemolo. O ex-chefão da escuderia pertencia a um tempo em que o comendador Enzo Ferrari (1898-1988) e seus herdeiros ainda esforçavam-se para manter os ares de empresa familiar, mesmo que o grupo Fiat já tivesse assumido os negócios.

Contudo, o estilo agressivo de Marchionne, focado em resultados vultosos em todas as áreas de atuação, não permite que uma divisão mantenha-se por um longo período sem atingir suas metas --que são elevadas.

A fusão com a norte-americana Chrysler fez a Fiat virar assunto nos Estados Unidos, mercado que consome mais de 15 milhões de automóveis por ano. Até então, os italianos eram respeitados apenas pela existência da Ferrari e, em menor escala, da Maserati, que faz parte do mesmo conglomerado. Essa é mais uma medida da importância estratégica da marca.

Para que a expansão do grupo seja saudável, as empresas associadas devem se fortalecer. Agora é a vez da Ferrari, que terá de se reinventar na pista para manter os resultados comerciais fora dela.


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