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São Paulo age para evitar que crise política afete desempenho do time
BASTIDORES
Muricy, Milton Cruz e Gustavo Oliveira são garantidos nos cargos pela diretoria
Em meio à sua maior crise política dos últimos anos, a diretoria do São Paulo tem agido para evitar que as rixas públicas entre o presidente, Carlos Miguel Aidar, e seu antecessor, Juvenal Juvêncio, afetem o rendimento do time, vice-líder do Brasileiro.
A estratégia de Aidar e do vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, é blindar o time e a comissão técnica dos boatos segundo os quais haveria mudança na cúpula do departamento.
Os dois cartolas já avisaram Muricy Ramalho (treinador), Milton Cruz (auxiliar-técnico) e Gustavo Oliveira (gerente de futebol) que eles serão mantidos em seus cargos no clube.
"Não vou mexer uma vírgula no [departamento de] futebol", disse Aidar à Folha nesta terça-feira (16).
O movimento para assegurar a tranquilidade no time acontece desde a última sexta-feira (dia 12).
Nessa data (três dias antes da demissão de Juvenal), Aidar foi ao centro de treinamento e conversou reservadamente com Muricy.
No encontro, ele garantiu ao técnico que não haveria mudanças no São Paulo até o confronto com o Cruzeiro, no domingo (14). E assegurou que o departamento de futebol seria preservado.
Outra medida de Aidar foi ligar para Muricy, Milton Cruz e Gustavo Vieira de Oliveira logo após demitir Juvenal.
O atual presidente do São Paulo garantiu que nenhum deles corria risco de demissão --Juvenal declarou, após ser desligado do clube, que os três estavam na berlinda.
"A política não pode chegar ao futebol. Já conversei com todos os envolvidos, e está tudo certo", afirmou Ataíde Gil Guerreiro.
MURICY
No centro de treinamento, na Barra Funda, os funcionários confirmam que a crise política não causou impacto sobre o elenco. A comissão técnica do São Paulo tem conseguido afastar esse tema dos jogadores.
O principal responsável, apontam, é Muricy Ramalho, que, por acumular experiência no clube, inclusive como jogador, tem demonstrado capacidade de lidar com situações embaraçosas.
Muricy não está sozinho. Tem tido apoio de Ataíde Gil Guerreiro e Milton Cruz.
