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Brasil para na Polônia e amarga sequência de vice-campeonatos

VÔLEI De virada, time perde chance de obter quarta taça seguida em Campeonatos Mundiais

DE SÃO PAULO

A seleção brasileira masculina pisou na arena Spodek, em Katowice, disposta a entrar para a história como a única tetracampeã mundial de maneira consecutiva.

O desfecho, duas horas e 13 minutos de jogo depois, foi frustrante. A equipe perdeu para a Polônia por 3 sets a 1 (18/25, 25/22, 25/23 e 25/22) e ficou com a prata no evento.

Se vencesse a partida, o Brasil ultrapassaria a Itália como único tetracampeão.

Os europeus triunfaram em 1990, 1994 e 1998.

Foi o segundo troféu mundial dos anfitriões --o primeiro havia sido obtido em 1974.

Para o Brasil, a derrota é mais dolorida devido à reincidência. Foi o quinto vice-campeonato seguido nos principais torneios internacionais desde 2010, quando ganhou o Mundial da Itália.

A seleção também terminou com a segunda posição nas Ligas Mundiais de 2011, 2013 e 2014 e nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

A seca de títulos nesta década contrasta com os primeiros anos seguintes à entrada de Bernardinho no comando técnico do time nacional.

Entre 2001 e 2010, foram conquistadas duas taças de Campeonato Mundial (2002 e 2006), sete de Liga Mundial e um ouro olímpico (2004).

O vice-campeonato na Polônia foi o fim de uma trajetória tortuosa para a seleção, que venceu 11 jogos e perdeu três na longa competição, que começou em 30 de agosto.

O time viu seu levantador titular e capitão Bruninho lesionar a mão direita e ser poupado ainda na primeira fase.

Depois, entrou em atrito com a organização do torneio e a federação internacional por alteração no regulamento a favor da Polônia, entre a segunda e a terceira fases.

Por fim, foi multado em cerca de R$ 4.700 após tumulto no primeiro jogo contra os poloneses, na terça-feira (16).

Na revanche de ontem contra os anfitriões, que não teve a tensão que se imaginava, a equipe até começou bem e venceu o primeiro set.

Mas não resistiu aos 22 pontos de Mika e aos 14 de Wlazly, determinantes para a vitória do adversário. Wlazly, por sinal, foi eleito o melhor jogador do campeonato.

Lucarelli, autor de 18 pontos na final, e Murilo foram incluídos na seleção do torneio, como melhores pontas.

No fim, Bernardinho protestou contra a federação internacional, que segundo ele usou táticas para "desestabilizar" sua equipe na decisão.

"Vi tanta coisa feia. A federação realmente age de uma maneira baixa demais."

Ele citou a escalação da dupla de árbitros Milan Labasta (República Tcheca) e Frans Loderus (Holanda) para a final.

"Me preocupa um pouco o futuro do vôlei porque acho que em termos de instituições estamos desprotegidos. A federação está fazendo um pouco de gato e sapato de nós."


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