Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Garoto corintiano rejeitava nome de Malcolm X

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

Flavia de Oliveira, 36, não queria que o filho se chamasse Malcom. Preferia Filipe. O pai insistiu. Desejava homenagear Malcolm X, o líder negro norte-americano. No registro, ficou Malcom Filipe. Na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, era chamado só de Filipe. Não respondia às chamadas na escola quando a professora dizia "Malcom".

Na cabeça do garoto, não era seu nome.Malcom Filipe, 17, é titular do ataque do Corinthians. O parceiro ideal de Guerrero. A esperança contra o Figueirense, fora de casa, às 22h desta quarta (24), pelo Brasileiro."Não vou ao estádio. Fico muito nervosa. Em casa, vou para a cozinha, para o banheiro... Não acho que é o meu filho que está ali, em campo. Para mim, ele é ainda um menino", diz Flavia.Malcom também não quer ver a mãe no estádio. Pede que evite se estressar. Ela está grávida de dois meses.A família ainda está atordoada. No final de 2013, o garoto estava disputando a final do Paulista Sub-17.

Teve de passar por um teste para buscar vaga no time que jogou a Copa São Paulo.Hoje, é a escolha de Mano Menezes para o ataque. "A surpresa não é pelo futebol. É pela precocidade", comenta Edison Rocco, supervisor técnico do departamento de formação de atletas.Foi ele quem recebeu telefonema de um técnico do Esperia, clube da capital, para observar um garoto de dez anos que se destacava no futsal. Malcom fez teste com mais 400 aspirantes a jogador. Foi o único aprovado.

O Corinthians não quer que ele fale com a imprensa. Após fazer o primeiro gol como profissional, contra o Chapecoense, foi avisado no vestiário, no último dia 18, para manter os pés no chão.A única vez que pegou no celular depois da partida foi para mandar uma mensagem para dona Flavia."Mãe, eu broquei!"Brocar é fazer gol. Como ele havia prometido antes do jogo, como forma de acalmá-la.

"Eu nem acreditei. Ainda não estou acreditando", duvida a mãe de Malcom.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página