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De vilão a herói

Após perder um gol feito, Henrique marca três vezes contra Chapecoense, vira artilheiro do Brasileiro e tira Palmeiras da zona do rebaixamento

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Alguém que tenha deixado o Pacaembu ao fim do primeiro tempo do jogo desta quinta (dia 2) deve estar estranhando a foto enorme de Henrique nesta página.

Sim, porque o agora artilheiro do Brasileiro, com 12 gols, empatado com o cruzeirense Marcelo Moreno, terminou a primeira etapa da partida como o vilão para a torcida do Palmeiras.

Na jogada mais bonita da primeira metade, Valdivia lançou Diogo, que cruzou para Henrique. Frente a frente com o goleiro Danilo, ele chutou fraco e perdeu o gol.

Não foram poucos os xingamentos endereçados naquele momento ao atacante de 25 anos, que começou no Flamengo de Guarulhos, sua cidade natal.

Também não foram poucos os aplausos ao time, e a Henrique, assim que o árbitro deu o jogo por encerrado.

Num oásis de bom futebol em meio a uma campanha ruim, o Palmeiras fez um segundo tempo de gala e venceu a Chapecoense de virada: 4 a 2, com três de Henrique.

O resultado levou a equipe aos 28 pontos, na 15ª colocação do Brasileiro, fora, portanto, da temida zona do rebaixamento.

Neste campeonato, o time dirigido por Dorival Júnior ainda não tinha conseguido reverter nenhum placar negativo para sair com a vitória.

Neste ano, não anotava quatro gols em um só jogo desde 26 de janeiro, quando fez 4 a 1 no Atlético Sorocaba pelo Campeonato Paulista.

O gol da Chapecoense, de Leandro, saiu no único ataque catarinense na primeira etapa, aos 40 min.

O empate do Palmeiras veio logo no início do segundo tempo. Wesley, que jogava mal, girou sobre o marcador e bateu forte, no canto, aos 7 min.

Animada, a torcida passou a embalar o time. A virada veio cinco minutos depois. Wesley cruzou, Valdivia desviou e Henrique, de forma atabalhoada --tropeçando, meio agachado, de barriga-- marcou o segundo gol da equipe alviverde.

QUEM VAI BATER?

O Palmeiras continuava melhor no jogo e, em ataque pela esquerda, conseguiu um pênalti a seu favor.

Por pouco, Henrique quase abriu a mão de terminar a noite como artilheiro do Brasileiro. Antes de cobrar o pênalti, o atacante ofereceu a Cristaldo a bola que se transformaria no seu 11º gol no campeonato.

Do banco, Dorival demonstrou contrariedade e mandou o argentino devolver a bola a Henrique, principal batedor da equipe. Ele chutou no canto direito: 3 a 1, aos 19 min.

Em novo pênalti a favor do Palmeiras, apenas cinco minutos depois, Henrique ofereceu a bola a Cristaldo novamente. Dessa vez, porém, nem foi preciso que o treinador interviesse.

Cristaldo abençoou o colega, que fez 4 a 1.

Logo após o jogo, ao ser indagado por um repórter se sabia que era o artilheiro do campeonato, Henrique reagiu com modéstia e fez rápida conta: "É, o artilheiro tinha 12, eu fiz três... sou o artilheiro, então, né?", disse, sorrindo, o camisa 19, que se destacou na Portuguesa antes de fechar contrato com o time do Palmeiras.

Leandro, da Chapecoense, ainda faria o segundo dos visitantes, aos 47 min.

Não foi suficiente para abalar a noite feliz dos palmeirenses e, principalmente, de Henrique.


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