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Sheilla conduz vitória e joga para ir à 3ª final de Mundial

VÔLEI
Ela foi a maior pontuadora do Brasil contra dominicanas; hoje, pega os EUA

MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL A MILÃO

Ninguém jogou mais Mundiais nesta seleção do que Sheilla. Aos 31 anos, ela é a única das 14 jogadoras a disputar o torneio pela quarta vez. Neste sábado (11), contra os EUA, a oposta tenta classificar o Brasil para a terceira final consecutiva.

Nestes anos todos, a bicampeã olímpica se acostumou a receber prêmios individuais, de melhor jogadora, principal atacante... Nos 11 jogos em que a seleção se manteve invicta na Itália, no entanto, Sheilla brilhou apenas no último, na sexta (10), vitória sobre a República Dominicana que garantiu a vaga para as semifinais.

O Brasil venceu por 3 a 0 (25/19, 25/21 e 25/17). Destaque para o bloqueio, que fez 11 pontos contra quatro do rival.

A única vantagem das caribenhas na arena para 12 mil pessoas em Milão era a torcida --não pela quantidade, já que a maioria era de italianos, mas por quatro barulhentos torcedores com buzinas incessantes nas mãos.

Sheilla não se incomodou. Foi a maior pontuadora, com 13 acertos. Nos outros jogos, cumpria papel tático ou era bem marcada pelas adversárias, que conhecem seu valor, como explicou o técnico José Roberto Guimarães.

Na semifinal contra as americanas, devido ao equilíbrio do jogo, Sheilla pode ser mais requisitada e decisiva novamente. "Às vezes o Zé pede para me usar mais ou menos", responde a oposta. Assim como não considera que haja uma diferença na seleção em relação à 2006 e 2010, quando o Brasil perdeu para a Rússia.

"Nos outros dois Mundiais, a gente jogou muito bem também, perdeu no detalhe. E vai ser decidido assim de novo", diz, antes de refazer a afirmação: "Só espero que agora o título fique com a gente."

QUASE ITALIANA

Em 2002, Sheilla chegou ao Mundial com 19 anos, em um processo de renovação da seleção brasileira, que terminou em sétimo. Zé Roberto assumiria a equipe em 2003.

"Todo mundo era novinho. Lógico que eu queria vencer, mas o ouro estava muito mais distante do que está hoje".

Agora, mesmo com toda experiência, Sheilla não acredita que seja considerada uma mãe para as mais jovens da equipe. "Sou brincalhona. Nem vontade de ter filho tive ainda. Mais experiente, sim."

Esta seria a última chance de conquistar o título, então?

"Não afirmo que é meu último, mas não me vejo com 34, 35 anos jogando mais um Mundial. Talvez em 2018 eu esteja grávida", explica.

Sheilla se casou em abril deste ano com Brenno Blassioli, que trabalha na comissão técnica da equipe do Pinheiros. Ele não está na Itália, mas a ascendência italiana dele já pode fazer com que Sheilla sinta-se em casa durante este Mundial.

"Daqui a um ano e meio sou italiana também. Com dois anos de casada vou ter passaporte", diz a jogadora que assumiu o sobrenome do marido. "Eu gosto muito da Itália, desde que joguei aqui [entre 2004 e 2008] já gostava."

Com um título mundial, pode gostar ainda mais.


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