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Campo de gelo

Neve surpreende corintianos no Japão e se transforma em rival inesperado do time às vésperas da estreia no Mundial de Clubes

Ricardo Nogueira/Folhapress
Paulinho treina com o Corinthians em Nagoya
Paulinho treina com o Corinthians em Nagoya
LUCAS REIS SANDRO MACEDO ENVIADOS ESPECIAIS A NAGOYA

Primeiro foi o fuso, depois o frio, agora a neve. Enquanto navega tranquilo à espera da estreia no Mundial de Clubes, amanhã, em Toyota, somente obstáculos naturais atravessam o caminho do Corinthians pelo bi mundial.

Embora a delegação corintiana já aguardasse pelas baixas temperaturas no Japão, a neve passou a ser um adversário inesperado da equipe.

Anteontem, nas quartas de final do torneio, alguns dos principais jogadores corintianos não foram ao estádio de Toyota assistir à vitória do Al Ahly, adversário de amanhã. O motivo: o frio intenso de 2º C, com sensação térmica abaixo de zero e sob neve.

Muitos dos que foram viram o fenômeno pela primeira vez. Ontem, a vizinha Nagoya, onde o time está hospedado, amanheceu sob uma fina camada branca de neve.

A previsão do tempo para amanhã em Toyota é de 2º C. A possibilidade de jogar sob neve preocupa mais pelo estado do gramado, que pode ficar mais escorregadio.

Ontem, Tite esperava treinar sob neve em Kariya, a 30 km de Nagoya. Mas o trabalho limitou-se ao frio, pois não nevou. A ideia do técnico era justamente acostumar o time com a possível novidade.

"Jogar com neve é complicado, foge do que a gente está acostumado durante toda a temporada no Brasil", disse o lateral Fábio Santos. "Mas, depois de certa temperatura, o pé congela do mesmo jeito, com ou sem neve."

Segundo o Almanaque do Corinthians, de Celso Unzelte, a temperatura mais baixa que o time já experimentou foi justamente em Nagoya. Em 1984, no amistoso contra a seleção japonesa, a vitória por 2 a 1 do time de Sócrates e Casagrande veio sob frio de 7º C negativos e neve.

DE LONGE

O gramado liso pode dar aos times uma arma a mais: o chute de longa distância. O Corinthians, porém, ainda tenta habituar-se à jogada, pouco usada em 2012. Na Libertadores, por exemplo, só um gol foi marcado de fora da área, por Jorge Henrique.

Com a entrada de Douglas no time titular no segundo semestre, Tite vem pedindo mais chutes de longe -contra a Portuguesa, pelo Brasileiro, ele marcou um golaço.

"A gente tem que ter finalização de média distância. Eu digo ao Douglas para chutar de longe, pois isso facilitaria as ações", disse o treinador. "O Douglas chutando uma, duas, desperta a atenção do adversário, encurta a marcação e abre espaços em outras partes do campo, facilitando também o passe."

Fábio Santos concorda. "[O campo molhado] cria essa dificuldade [para o goleiro]. E arriscar de fora é uma alternativa", completou o lateral.


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