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Palmeiras

Em época de contratações, clube terá todos seus gastos controlados

Membros do conselho fiscalizarão ações de Arnaldo Tirone até a eleição

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

Em plena época de contratações e de planejamento para 2013, ano em que disputa a Libertadores e a Série B, o Palmeiras ficou com todos os seus gastos amarrados.

Foi decidido em reunião do Conselho Deliberativo do clube, anteontem, que o presidente Arnaldo Tirone não vai poder fazer nenhum empréstimo bancário ou qualquer adiantamento de receitas até o fim de seu mandato, marcado para 21 de janeiro.

Outra medida acordada entre os conselheiros e a diretoria foi que toda contratação considerada onerosa será vetada, já que o clube atingiu uma dívida muito alta na gestão de Tirone.

Segundo o Conselho de Orientação e Fiscalização palmeirense, a dívida líquida do clube até novembro, somada aos empréstimos recém-contratados pela diretoria, bate em R$ 239 milhões.

Entre novembro e dezembro, a diretoria do clube adiantou R$ 16 milhões de receitas referentes a direitos de transmissão cedidos à Globo. E outros R$ 6 milhões de empréstimo com o Bradesco.

"Esses empréstimos foram feitos para pagar o 13º dos funcionários do clube. Estão reprovando as minhas contas porque quando eu assumi o clube já havia um deficit enorme", explica Tirone.

O controle de gastos foi acordado entre o COF, o conselho e a diretoria e afetará diretamente a montagem do elenco para 2013.

Três membros do COF serão designados para fiscalizar os gastos que a gestão de Arnaldo Tirone fizer até a eleição. A promessa do órgão fiscalizador é de não interferir na escolha técnica dos atletas a serem contratados, mas nos gastos que o clube irá fazer para se reforçar.

A ideia é que os jogadores que vierem a ser contratados sejam viabilizados financeiramente sem o dinheiro do Palmeiras, mas com o auxílio de empresas parceiras.

Os salários oferecidos aos jogadores também deverão ser analisados. Muito rejeitado por conselheiros, Riquelme, por exemplo, poderá ser vetado por causa de sua alta pedida salarial.

Ou seja, jogadores caros, em geral, se não possuírem nomes de consenso, deverão ser vetados por essa intervenção na diretoria do clube.

"Temos que fazer isso porque não dá para acreditar mais no que o presidente diz", argumenta Gilto Avallone, membro do COF.

"O que estão fazendo é uma intervenção branca, vai afetar o planejamento do time para o ano que vem", rebate Wlademir Pescarmona, conselheiro palmeirense.

A intervenção, porém, também tem caráter político. Contratações vistosas no fim de mandato dariam prestígio político a Tirone, possível candidato à reeleição. Mas agora o presidente será mais alvo do que já é das críticas de conselheiros e torcedores.

Saem fortalecidos com essas medidas Paulo Nobre e Décio Perin, outros candidatos à presidência.


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