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À cubana

Espelhada em modelo da ilha caribenha, Prefeitura de SP planeja transformar Clube Tietê em centro de desenvolvimento de atletas

EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO

O Clube Tietê, cuja sede foi reintegrada pela cidade no mês passado, fará parte de uma rede olímpica municipal desenhada pela Secretaria de Esportes de São Paulo. O sistema repete aquele que tornou Cuba potência olímpica.

Unidades de detecção de talento estão pulverizadas pela ilha. À medida que os esportistas se desenvolvem, são encaminhados a CTs.

Os destaques chegam, finalmente, a centros de excelência das respectivas modalidades em que atuam.

Na realidade paulistana, o secretário de Esportes do município, Toni Moreno, apresentou ao Sindicato de Clubes do Estado proposta para que seus filiados funcionem como centros de detecção.

Os jovens que demonstrarem aptidão para o esporte serão encaminhados para clubes de "lapidação": Vila Maria (zona norte), Vila Manchester (leste), Pirituba (oeste) ou Santo Amaro (sul).

O próximo destino, dependendo de cada caso, seria o Centro Olímpico do Ibirapuera ou o futuro centro Tietê.

A contrapartida da parte da prefeitura é permitir que os atletas que ganhem corpo em seus centros continuem representando os seus antigos clubes em competições.Será exigido dos clubes que propiciem educação a eles.

Facilita o diálogo entre a Secretaria de Esportes e os dirigentes de clubes o fato de Moreno ter sido presidente do Esporte Clube Pinheiros e de manter seu trânsito no setor.

Levantamento do sindicato aponta que existem 3.180 clubes no Estado de São Paulo. Só na capital há aproximadamente 400 clubes.

Está pronto o projeto pelo qual o local onde funcionava o Clube Tietê passará por uma remodelação total. A prefeitura poderá usar incentivos fiscais para atrair parceiros da iniciativa privada para bancar as obras, que ainda não têm custo estimado.

Ele se tornará um centro de iniciação esportiva, formação e ainda de alto rendimento.

Foi produzido pela Secretaria de Esportes um projeto que prevê a construção de um complexo aquático, com piscinas de 50 m para treino, outra de 30 m para aquecimento, que poderá ser usada para o pólo aquático, e um tanque para saltos ornamentais.

Um centro de ciência e medicina do esporte, fisioterapia e academia serão erguidos. Os atletas que lá se prepararem contarão com tecnologias como chips que avaliam a performance.

Também está programada reforma do alojamento, que deve passar a acomodar um contingente de até 150 atleas, e da pista de atletismo.

Apesar de não haver espaço para a instalação de uma pista oficial de atletismo, a reforma resultará em uma pista nova de 100 m, com um tanque de areia ao fundo para treinos de saltos.

Um estacionamento de três andares, com uma centena de vagas, faz parte do projeto. Levou-se em consideração ocasiões quando o local servirá de sede de competições.

O número de quadras de tênis com que o complexo contará ainda não foi fechado. Ele dependerá do futuro de uma outra instalação.

No total, serão 15 as modalidades que serão praticadas no local, como basquete, badminton, handebol, vôlei, tênis, tênis de mesa, ginástica olímpica e ainda a esgrima.

No departamento de lutas, haverá lutas olímpicas, judô, boxe, além de artes marciais. E completarão o cardápio as modalidades aquáticas.

A Folha apurou que o projeto já foi apresentado para a equipe do prefeito eleito Fernando Haddad.


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