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Após pressão de brasileiros, confederação muda regras da Libertadores

MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL A LUQUE (PARAGUAI)

A Libertadores que ganhou fama com estádios acanhados, falta de segurança e viagens longas, de avião e ônibus em meio a estradas perigosas, está prestes a acabar.

Por pressão principalmente dos brasileiros -mas também de argentinos-, a Conmebol aceitou alterar regras da competição para evitar jogos em estádios sem condições de dar segurança e conforto aos visitantes ou que obriguem os clubes a fazerem deslocamentos complicados.

A confederação também tomou essa decisão por questões comerciais. A Conmebol quer evitar que problemas relacionados a violência manchem o torneio, que há alguns anos se associa a empresas que pagam caro para vincular o nome à competição.

Entre as novas regras, por exemplo, está proibido um time mandar jogos em cidades que não tenham um aeroporto a até 100 km de distância.

A viagem do São Paulo para a equatoriana Loja (a 207 km de um aeroporto), pela Copa Sul-Americana, demorou 20 horas, e o clube teve que usar três aviões e viajar quatro horas de ônibus.

O Corinthians deve se beneficiar da regra na primeira fase e não jogar contra o San José em Oruro, na Bolívia. A cidade fica a mais de 200 km da capital La Paz. Mas não deve escapar da altitude: Oruro está a 3.800 m do nível do mar. La Paz, a provável alternativa, a 3.600 m de altitude.

Para barrar estádios ruins, que prejudicam a exposição dos patrocinadores e até a transmissão da TV, o caminho foi banir os que não tenham iluminação artificial.

A CBF pediu também atenção à segurança e à integridade dos atletas. Jogadores serão suspensos após três cartões amarelos. Até 2012, amarelos geravam multas.

A criação de um comitê disciplinar também deve coibir abusos. Hoje, suspensões de atletas e interdições de estádios saem de "canetadas" dos cartolas, sujeitos a pressões.

Na palavra de um dirigente de um grande clube brasileiro, talvez não acabe de vez aquela tradicional cena de policiais protegendo jogadores com escudos em cobranças de escanteio, mas a incidência deve cair bastante.


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