Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

DATAFOLHA

Para 76%, há corrupção em obras da Copa

Pesquisa mostra que essa percepção aumenta quanto maior grau de escolaridade do entrevistado

Washington Alves - 21.dez.2012 /Reuters
Vista do Mineirão, segundo estádio da Copa a ser entregue
Vista do Mineirão, segundo estádio da Copa a ser entregue
DE SÃO PAULO

A pouco mais de um ano e meio da partida de abertura da Copa, pesquisa Datafolha mostra que 76% dos entrevistados acreditam que há corrupção nas obras do torneio.

Apesar do número elevado de pessoas que afirmam que há desvio de recursos públicos, 90% dizem que consideram o Mundial importante para o país (70% pensam que será muito importante, e 20%, um pouco importante).

A pesquisa Datafolha ouviu 2.588 pessoas em 160 municípios no dia 13 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A percepção de que existe corrupção nas obras da Copa aumenta conforme o grau de escolaridade do pesquisado.

Entre os que possuem o ensino fundamental, 68% acham que está havendo mau uso de dinheiro público.

O percentual sobe para 81% entre os quem têm o ensino médio e para 89% para quem cursou ensino superior.

A ideia de corrupção é menor entre os que têm com renda familiar mais baixa. Na faixa de até dois salários mínimos, o percentual chega a 70%. Sobe para 82% entre os que ganham entre dois e cinco salários e mais oito pontos percentuais no intervalo entre cinco e dez salários.

Na faixa acima de dez salários mínimos, o percentual é pouco menor: 87%.

O número dos que dizem não acreditar em corrupção (9%) é menor dos que responderam não saber (15%).

Para a maioria dos entrevistados (59%), o nível de corrupção nas obras da Copa é igual ao de outras públicas.

Além de ser o maior financiador da Copa, por meio de obras de infraestrutura e empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o governo federal injetará verba diretamente no Mundial.

Já foram compradas cotas de patrocínio nacional, medida que vai na contramão do que o governo sinalizava, de que não haveria injeção de dinheiro público diretamente.

Apesar de a maioria afirmar que acha a Copa importante para o Brasil, apenas 50% se declarou muito interessada pela competição.

Ainda assim, o índice é maior dos que declaram ter muito interesse por futebol (35%). Outros 34% tem um pouco de interesse.

Para 11%, o torneio não será nada importante. O índice é maior entre os mais velhos (acima de 60 anos), com 18%.

Em um outro aspecto de percepção de importância, 43% acreditam que a Copa será pessoalmente muito importante. Esse valor cai gradativamente conforme avança a idade.

Partindo de 46% para o grupo de 16 a 24 anos e chegando a 38% para aqueles com 60 anos ou mais.

Os que consideram a Copa nada importante somam 28%, mesmo percentual dos que acreditam em pouca importância pessoal.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página