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Cadeirantes cobram padrão de segurança internacional na prova

DE SÃO PAULO

O primeiro e o segundo colocados entre os cadeirantes na São Silvestre acreditam que a morte de Israel de Barros, 41, foi uma fatalidade.

Entretanto cobram melhor sinalização e mais segurança nas descidas, no padrão de corridas internacionais.

Segundo o tetracampeão Jaciel Paulino, 39, que venceu anteontem, a alteração do percurso em relação a 2011 -a descida pelas ruas Major Natanael e Itajobi ocorreu no sentido contrário ao do trânsito habitual-, deixou o trecho com curvas menos acentuadas. Mesmo assim, diz o para-atleta, a organização pecou pela falta de zelo.

"Não culpo ninguém pelo acidente. Mas acho que a organização deveria adotar o padrão internacional de provas, sinalizando onde há buracos e bueiros no chão e colocando feno [como se fosse uma área de escape] nas curvas", declarou Paulino.

"Com relação ao grau de periculosidade, o percurso talvez tenha ficado um pouco mais seguro. Por isso, não acho justo mudá-lo por nossa causa, nem queremos que usem isso para extinguir nossa prova", disse o vice-campeão Fernando Aranha, 34.

Pentacampeão da São Silvestre, Aranha foi um dos críticos da alteração mais radical do percurso, em 2011. Naquele ano, ele abandonou a prova na rua Major Natanael depois de ter dois pneus de sua cadeira estourados.

Para o para-atleta, a substituição da rua da Consolação, usada no percurso até 2010, pela Major Nataniel deixou a descida menos rápida, mas aumentou o risco de acidentes devido às curvas.

No antigo trajeto, os cadeirantes atingiam até 70 km/h, enquanto no atual o auge da velocidade foi de 47 km/h. "Na Consolação, a gente soltava a cadeira porque era uma reta só", afirmou.

Para Paulino, o acidente com Barros pode ter sido ocasionado pela falta de controle de velocidade. "Lembro que na [Volta da] Pampulha [em dezembro], o Israel terminou sem o odômetro [aparelho que mede distância e velocidade]. Quando vi a cadeira após o acidente, também não tinha." (FL, LR E RV)


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