Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Morte de cadeirante será investigada como homicídio culposo

SÃO SILVESTRE
Delegado diz que intuito é apurar se houve um responsável pelo acidente

RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO AGUIRRE TALENTO DE ANANINDEUA (PA)

A morte do cadeirante Israel Cruz Jackson de Barros, 41, na São Silvestre, na segunda, será investigada como homicídio culposo (sem intenção de matar) pela polícia.

Segundo o delegado Rodrigo Celso Alasmar, que registrou a ocorrência no 91º Distrito Policial, o intuito é apurar se houve e de quem seria a responsabilidade pelo acidente. O inquérito vai averiguar, por exemplo, se a escolha do trajeto foi adequada, considerando medidas de segurança para os cadeirantes.

A única testemunha foi um policial militar que não teve o nome divulgado. Alasmar disse que não havia ninguém da organização da prova no local, mas que eles serão ouvidos após a conclusão do laudo da perícia, que deve sair entre 30 e 40 dias. Em nota, os organizadores disseram que aguardarão o resultado para comentar o caso.

A perícia foi feita no local e na cadeira de rodas de Barros. A administração do Pacaembu autorizou ontem que os muros do estádio fossem pintados, mas disse que a ação já estava prevista e não tem relação com o acidente.

Barros perdeu o controle da cadeira no acesso à rua Desembargador Paulo Passaláqua, colidiu com a guia, foi projetado do veículo e bateu no muro, afirma o delegado.

O corpo do para-atleta foi enviado para Belém às 11h05 de ontem. Ele é paraense e morava em Ananindeua. Foi recebido para o velório por cerca de 50 pessoas numa sala enfeitada com troféus e medalhas na casa onde morava. O enterro será hoje de manhã.

Amigos reclamavam da mudança no percurso da São Silvestre. "Tem que ser reavaliado. O acidente podia ser evitado", disse Valdir Moura, presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Pará.

Um dos patrocinadores de Barros, o empresário Leonardo Daher diz considerar improvável o acidente ter sido provocado por problema na cadeira de Israel, que era japonesa e feita sob medida. Segundo ele, a família, muito abalada, não decidiu se irá processar a organização.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página