Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Competição estreia novo percurso com grau elevado de dificuldade

RALI DACAR
Participantes enfrentarão dunas do deserto peruano já nas primeiras etapas

TIAGO RIBAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os participantes do Rali Dacar deste ano enfrentarão um grande desafio já nas primeiras etapas da prova. A largada do rali mais difícil do mundo será hoje e, logo no começo, os competidores irão encarar as dunas do deserto peruano, um dos obstáculos mais desafiadores de toda a prova do ano passado.

Nos dois primeiros dias, o percurso não deve apresentar grandes desafios, dando uma boa oportunidade para os pilotos fazerem os ajustes finais em seus veículos.

A partir da terceira etapa, no percurso entre Pisco e Nazca, os pilotos já começarão a encarar as dunas do deserto peruano, e os primeiros abandonos podem acontecer.

"Com um começo tão difícil, será possível perceber logo no início quem serão os competidores que irão se destacar. Mesmo assim, o rali só será decidido bem no fim", afirma David Castera, diretor esportivo do Dacar.

Na última edição da competição, o percurso começava em Mar del Plata, na Argentina, e seguia na direção noroeste, terminando em Lima, no Peru. Neste ano, o rali voltará a ter sua direção mais tradicional, rumo ao sul.

Os competidores largam de Lima, passam pela Argentina e terminam a prova em Santiago, no Chile, passando pela cordilheira dos Andes e pelo deserto do Atacama.

DESCOBRINDO A AMÉRICA

A competição deste ano será a quinta realizada na América do Sul, mas a primeira com o atual percurso.

Originalmente, o rali partia de Paris, na França, passava por Argel, capital da Argélia, atravessava o deserto do Saara e terminava em Dacar, capital do Senegal, na costa oeste da África.

A rota original de 1978 passou por várias mudanças, principalmente a partir dos anos 90, mas sempre tinha como principais cenários a África e o deserto do Saara.

No entanto, em 2008, poucos dias antes do início do rali, quatro franceses e três militares da Mauritânia, país que sediava parte da competição, foram assassinados.

Após ameaças terroristas direcionadas aos participantes do Dacar e atendendo a pedido do Ministério de Relações Exteriores da França para que o percurso não passasse pela Mauritânia, a 30ª edição do rali foi cancelada.

Em razão dos problemas de segurança no ano anterior, a prova de 2009 foi realizada na América do Sul.

O primeiro traçado no continente começava em Buenos Aires, passava pelo deserto do Atacama e por Valparaíso, no Chile, e voltava para a capital da Argentina.

Desde então, a América do Sul passou a sediar o mais famoso rali do mundo.

"O rali perdeu um pouco da tradição, mas, por outro lado, ganhou muito em outras áreas. O Atacama também é um deserto dificílimo e os Andes trazem um outro tipo de desafio. Além disso, o rali ganhou em segurança. Não faz sentido disputar uma prova em que os competidores e a organização ficam expostos a guerras e conflitos", diz Guilherme Spinelli, um dos brasileiros que disputarão o Rali Dacar deste ano.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página