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Entidade quer proibição de 'donos' de direitos dos atletas

FIFA
Diretor de segurança liga agentes a manipulação de resultados

DE SÃO PAULO

Uma das prioridades da Fifa para este ano é proibir que terceiros -pessoas físicas ou fundos de investidores- tenham participação nos direitos econômicos de jogadores.

A entidade teme que este tipo de parceria entre clubes e investidores na aquisição e manutenção (pagamento de salário) de atletas facilite a manipulação de resultados.

Uma das possibilidades para a fraude seria a influência exercida pelos agentes sobre jogadores ou times.

O tema é abordado nesta semana em Roma, na Itália, durante encontro organizado pela Fifa e pela Interpol.

"Cerca de 50 diferentes ligas nacionais de fora da Europa estão sendo analisadas por organização criminosa para o mercado das apostas", afirmou Ralf Mutschke, diretor de segurança da Fifa.

Mutschke, 53, trabalhou na Interpol e foi diretor da polícia federal alemã, seu país de origem. Assumiu o cargo na Fifa em junho de 2012.

Casos recentes, principalmente na Itália, mancharam alguns dos principais campeonatos do mundo.

Nas investigações de Mutschke e seus comandados, há indícios de que agentes usem sua proximidade com jogadores para conseguir manipular resultados.

Em Roma, Mutschke citou o caso de Wilson Raj Perumal. O cingapuriano usou atletas africanos que eram seus clientes e, por meio de suborno, convenceu-os a perder jogos atuando pelo Zimbábue.

Perumal foi detido quando tentava algo semelhante na Finlândia, em 2011, e foi condenado a dois anos de prisão.

"Conheci um agente condenado em Zurique, e ele me disse que os criminosos estão migrando do tráfico de drogas para a manipulação de resultados por causa do baixo risco e do alto lucro. Ele me disse isso pessoalmente", declarou Mutschke.

A Fifa lançará até o meio deste ano um canal na internet pelo qual possam ser feitas denúncias anônimas contra a manipulação de resultados. O departamento de segurança também terá agentes nos cinco continentes.

Em maio, durante seu congresso anual, em Maurício, na África, a Fifa deve regulamentar a lei que proibirá que terceiros (empresários) detenham direitos de jogadores.


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