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Evento em São Paulo catapulta competição nacional
DE SÃO PAULOA volta do UFC a São Paulo beneficiou as competições nacionais de MMA (artes marciais mistas). A última edição -e única até então- do evento na cidade fora em 1998.
Foi graças à presença de empresários estrangeiros em São Paulo por conta desta edição do UFC que a organização do Jungle Fight, um dos principais eventos nacionais de MMA, acertou um acordo para distribuição internacional neste final de semana.
Indiretamente, o acerto transforma o Jungle Fight, que já fora exibido nos EUA, em "escudo" para o UFC.
Como há uma cláusula que dita que a competição nacional não entrará, fora do Brasil, em plataformas em que o UFC esteja presente, o Jungle Fight competirá por espaço com o Bellator, maior concorrente internacional do UFC.
As locações exóticas do Jungle Fight -há lutas nas regiões Norte e Nordeste- também ajudam a mostrar que o MMA é um fenômeno internacional, explica uma fonte ligada à negociação.
Naturalmente, os eventos nacionais de MMA e o UFC já tinham um histórico juntos.
Eles frequentemente funcionam como uma estufa para futuros lutadores do UFC.
Nesta edição do UFC, subiram ao octógono cinco "crias" do Jungle Fight (são 24 no total): Gabriel "Napão" Gonzaga, Lucas "Mineiro" Martins, Francisco "Massaranduba" Trinaldo, e os irmãos Marajó, Yuri e Ildemar Alcântara. Três venceram, um teve a luta "sem resultado" e um perdeu.
A próxima edição do Jungle Fight será no ginásio da Portuguesa, em São Paulo, nesta sexta-feira.
Outras promoções também produzem lutadores que, ao avançar em suas carreiras, acabam aterrissando no UFC.
Porém nem sempre o clima foi tranquilo entre os promotores nacionais e o UFC.
Com a decisão de organizar sete eventos neste ano no Brasil e o fato de já ter sido aventada a possibilidade de o UFC organizar um evento por mês no país, brasileiros chegaram a temer um eventual monopólio da firma.
"É benéfica a convivência do UFC com os eventos nacionais. Há vantagens para todos", argumenta Marshall Melaznik, diretor do UFC. (EO)
