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Federação descentraliza escolha dos países-sedes da Copa do Mundo

FIFA Eleição para definir anfitrião será feita por 209 filiados, e não pelo Comitê-Executivo

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

A Fifa, entidade máxima do futebol mundial, vai alterar seu critério de escolha de sedes para a Copa do Mundo.

Atualmente, a eleição de um país como anfitrião do Mundial é feita pelo Comitê-Executivo da entidade, formado por 24 membros.

A mudança, que será oficializada em seu congresso anual, que será realizado em maio, em Maurício, na África, prevê que os 209 filiados (federações dos países) da organização participem da definição do país-sede.

A primeira votação com o novo formato irá determinar onde será a Copa-2026. O voto é secreto. Rússia-2018 e Qatar-2022 estão confirmadas.

Segundo a Fifa, a alteração visa democratizar o processo de escolha dos Mundiais.

Desde a Copa de 1974, na Alemanha, o responsável por apontar os locais que recebem os eventos era o Comitê-Executivo. Os 24 membros são indicados pelas confederações continentais, como a Conmebol, da América do Sul. A eleição era fechada.

Esse grupo, que tem Marco Polo Del Nero, vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), como um dos representantes da América do Sul, analisará as candidaturas e indicará os países para a votação.

A discussão sobre a mudança no processo de escolha começou após suspeita de compra de votos para as sedes de 2018 e 2022. A eleição, que teve como vencedores a Rússia e o Qatar, foi em dezembro de 2010.

O renovado Comitê de Ética da entidade, que passou a funcionar no segundo semestre de 2012, investiga os casos, mas é improvável que haja impugnação do resultado.

No Congresso da Fifa de 2011, em Zurique, o presidente Joseph Blatter pôs em votação entre os filiados a possibilidade de mudança, e a aprovação foi esmagadora: 176 votos a favor e quatro contra.

Com o aval, a Fifa criou uma força-tarefa, comandada por Theo Zwanziger, ex-presidente da Federação Alemã de Futebol, para estudar as mudanças no estatuto.

Entre as atribuições, estava encontrar a melhor fórmula para a alteração do artigo 80, que prevê que é o Comitê-Executivo que define exclusivamente as sedes das Copas e de todas as competições com a chancela da entidade.

O provável é que seja criado um novo artigo, dando poder aos filiados para escolher a sede do Mundial, e mantido o 80, para os outros torneios, como Mundiais feminino e de categorias de base, que continuarão com o comitê.

No congresso de 2012, em Budapeste, Zwanziger apresentou a proposta detalhada. Também foi sugerida a criação do mandato de quatro anos, com uma reeleição, para presidente da Fifa. E o limite de 72 anos para ser membro dos comitês. Esses temas estarão em pauta no encontro, em 30 e 31 de maio, e precisarão do aval dos filiados.

A Fifa trata como definitiva a mudança na escolha das sedes, apesar da necessidade da análise no congresso deste ano, só precisando ser realizada a alteração no texto que está nos estatutos.


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