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Por Brunoro, clube descarta Riquelme

PALMEIRAS Presidente diz que custo para trazer diretor-executivo inviabiliza a contratação de meia argentino

FABIO LEITE DE SÃO PAULO

Numa sala apinhada de jornalistas, ele foi apresentado como a "primeira grande contratação" da temporada na Academia de Futebol.

Pediu paciência à torcida, mas prometeu brigar por todos os títulos em disputa e recolocar o Palmeiras na elite do futebol brasileiro.

Com status de salvador da pátria, recebeu das mãos do presidente Paulo Nobre a camisa 10 com o seu nome grafado abaixo: Brunoro.

Aos 62 anos, será José Carlos Brunoro e não Riquelme, 34, a maior esperança dos torcedores do Palmeiras.

Foi para ter o novo diretor-executivo do clube e com o veto dele que Nobre descartou de vez a contratação do meia argentino.

"O problema é a profissionalização do clube. Estamos trazendo profissionais com alto custo. Com isso, não podemos fazer loucura", disse.

"O problema do Riquelme é custo. O Palmeiras não pode se dar ao luxo de trazer o Riquelme por esse preço", completou Nobre.

O jogador estava negociando com o ex-presidente Arnaldo Tirone, que disse ter feito um acordo com ele -R$ 410 mil de salário por mês e contrato de dois anos.

"Não vale a pena. Não temos condições hoje. Pelo momento atual, não dá", enfatizou Brunoro.

Homem forte do futebol na bem-sucedida parceria com a Parmalat, na década de 1990, Brunoro vai comandar todas as áreas do clube, do futebol profissional ao marketing e à parte social.

DIAGNÓSTICO

Ele disse que sua empresa fará uma diagnóstico completo do clube por um mês e prometeu buscar parcerias para reerguer as finanças -a dívida supera os R$ 200 milhões.

"Vamos dar ênfase forte no futebol porque pegamos a estrada no meio do caminho", ressaltou o dirigente, que deixou o comando do Audax (time do Grupo Pão de Açúcar).

Ele afirmou que vai anunciar nesta semana o novo gerente de futebol, função exercida por César Sampaio até segunda-feira, e que conversará com o técnico Gilson Kleina para buscar reforços disponíveis no mercado.

"Têm de ser jovens valores. Mas também não adianta fugir e não trazer pessoas importantes, experientes", disse. Kleina já pediu ao menos dois zagueiros, um lateral, um meia e dois atacantes.

Ele reconheceu que o elenco atual não tem jogadores excepcionais, mas disse que o mais importante é recuperar a autoestima dos atletas.

"É importante que a torcida volte para o estádio e que tenha um pouquinho mais de paciência, que apoie do começo ao fim", disse o dirigente, que pediu dois meses para apresentar resultados.

Brunoro ainda minimizou a diferença que há entre a situação econômica do clube quando assumiu 1992, com grande investimento feito pela parceira Parmalat, para a atual. "Tendo inteligência e trabalhando muito com a comissão técnica você consegue fazer um grande trabalho."


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