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Sargento

Com histórico de polêmicas envolvendo jogadores e dirigentes, Palmeiras apresenta o linha-dura Omar Feitosa como gerente de futebol; ele terá a função de blindar o elenco

FABIO LEITE DE SÃO PAULO

Um volante que se apresenta para treinar com sinais de embriaguez. Um atacante que troca a ofensividade em campo pelas ofensas a um dirigente do próprio clube.

Casos como esses -envolvendo João Vitor e Kleber, respectivamente-, tumultuaram o ambiente do Palmeiras em um passado recente e resultaram numa lavagem pública de roupa-suja.

Ontem, começou a sair do papel o plano de blindagem do elenco palmeirense traçado pelo presidente Paulo Nobre para tirar as polêmicas do cotidiano alviverde.

Com fama de linha-dura, o preparador físico Omar Feitosa,45, assumiu a função de gerente futebol, cargo deixado por César Sampaio há uma semana, no fim do mandato de Arnaldo Tirone.

Feitosa foi uma escolha pessoal de Nobre, que queria um perfil mais austero na função e entendeu que faltou pulso firme da gestão anterior no episódio envolvendo o atraso de Valdivia na apresentação da pré-temporada.

O fato foi criticado publicamente pelo técnico Gilson Kleina, que disse que a antiga diretoria passava a mão na cabeça de alguns jogadores e cobrou tratamento isonômico a todo o elenco.

"Tentaremos resolver o mais rápido possível as coisas que acontecem aqui dentro. Acredito que não precisamos passar a mão na cabeça de ninguém", disse Feitosa, que, a princípio, descartou adotar uma cartilha de conduta aos atletas.

Ele despertou o interesse do novo cartola alviverde quando foi preparador físico do clube (2007 a março de 2010). À época, Nobre era vice-presidente. O novo gerente foi entrevistado e aprovado pelo diretor-executivo José Carlos Brunoro.

Ao contrário de Sampaio, que indicava jogadores para contratar e até participava das negociações, Feitosa terá uma atuação restrita ao vestiário, atuando como uma espécie de porta corta-fogo. Brunoro e Nobre decidirão sobre reforços.

"O atleta de futebol e a comissão técnica conseguem trabalhar bem quando estão blindados, não tendo que responder polêmicas que não são de dentro de campo. De uma maneira geral, os times que têm tranquilidade nesse aspecto, conseguem trabalhar melhor", afirmou.

Estreante na função, Feitosa assume o cargo em um dos piores momentos da história do Palmeiras, mas está acostumado a disputar a Série B do Brasileiro. Foi assim com o ex-clube Atlético-PR e com a Portuguesa.

Apesar do discurso seguro, ele revelou que sentiu "aquele friozinho na barriga" ao retornar ao clube na nova função e disse que deixou a mulher e a filha em Curitiba, sua cidade natal, para se dedicar exclusivamente ao novo desafio no Palmeiras.


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