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Imbróglio na Bolívia pode atrapalhar o Corinthians

LIBERTADORES Homenagem a Evo Morales deve gerar greve em Oruro

DE SÃO PAULO

A mudança do nome do aeroporto de Oruro, na Bolívia, pode ser um problema extra para o Corinthians na estreia na Libertadores, amanhã, contra o San José. O jogo terá início às 22h (de Brasília).

Além de enfrentar a altitude de 3.700 m na cidade de 260 mil habitantes (a 230 km da capital La Paz), o que pode prejudicar o desempenho físico dos jogadores em campo, os corintianos devem desembarcar em Oruro em meio aos caos devido à greve de diversos setores da economia.

Entregue após reforma no começo de fevereiro deste ano, o aeroporto Juan Mendoza Nernuldez passou a ter status de internacional, mas também mudou de nome.

O homenageado foi o presidente Evo Morales, agraciado por políticos aliados.

A alteração gerou revolta em sindicatos ligados ao tradicional Comitê Cívico da cidade. Até a Justiça foi acionada para tentar revogar a lei.

Juan Mendoza Nernuldez é um ídolo local por ter sido o primeiro aviador civil da região, na década de 20.

"Pedimos que se respeite o nome de Juan Mendoza. O povo de Oruro ficará firme na manutenção do nome e, caso contrário, teremos uma parada cívica a partir de terça [hoje]", disse Sonia Saavedra, presidente do Comitê Cívico.

Curiosamente, Evo Morales nasceu no departamento de Oruro e é torcedor entusiasmado do San José, clube pequeno na Bolívia que tem apenas dois títulos nacionais (1995 e 2007) e disputa a partir de amanhã apenas a sua quinta Libertadores.

Nos últimos anos, o presidente tenta conseguir investimento para que o San José construa um novo estádio. O Jesús Bermúdez, palco da estreia corintiana, tem capacidade para 38 mil pessoas, mas está envelhecido.

Durante a campanha para a presidência da Venezuela, em 2012, o candidato Henrique Caprilles acusou Hugo Cháves, que venceria a eleição, de ter dado US$ 1 milhão (R$ 2 milhões) em 2007 para o aliado Morales enviar à diretoria do San José para a construção da nova arena, que nunca saiu do papel.

A grave deve atingir o comércio e fechar ruas próximas ao estádio, atrapalhando o deslocamento corintiano. O elenco viajou ontem de São Paulo para Cochabamba, a 210 km de Oruro, onde ficará concentrado até a tarde de amanhã, quando viaja ao local da partida. A decisão foi tomada para minimizar os efeitos da altitude.


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