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Corte começa a definir futuro de sul-africano preso por homicídio
PISTORIUS Se condenado, astro do atletismo pode pegar prisão perpétua
Uma audiência em Pretória, África do Sul, que começa hoje e continua amanhã, vai definir o futuro do para-atleta Oscar Pistorius, 26.
O velocista, primeiro biamputado a disputar uma prova olímpica (em Londres-2012), está preso desde a última quinta-feira, sob acusação de matar a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, 29.
A promotoria demonstrará por que acusa o atleta de premeditar o homicídio. A defesa de Pistorius, por sua vez, pedirá que ele responda o caso em liberdade por meio de pagamento de fiança.
O velocista afirma não ter tido a intenção de matar Reeva. Por outro lado, o atleta jamais negou que tenha atirado na namorada.
No dia em que foi preso, ele alegou ter puxado o gatilho por engano -teria confundido a namorada com um invasor. Os responsáveis pela investigação refutam a versão.
Na casa do atleta foram achados uma pistola 9mm e um taco de críquete ensanguentado. A polícia não revelou se o sangue é do para-atleta ou de sua namorada.
Pistorius também passou por exames para saber se havia álcool ou drogas em seu organismo naquele dia.
Se condenado por ter planejado o assassinato, Pistorius pode pegar a pena de prisão perpétua. E só terá a chance de recorrer da sentença depois de 25 anos.
Para evitar tal desfecho, o sul-africano contratou especialistas renomados para defendê-lo dentro e fora do tribunal. Um dos advogados recrutados por Pistorius é Kenny Oldwage. Em 2010, quando um acidente de carro matou um neto de Nelson Mandela, Oldwage conseguiu a absolvição do motorista.
O para-atleta sul-africano também contratou um "guru das relações públicas" para ajudar a manter sua imagem.
Stuart Higgins, ex-editor do tabloide inglês "The Sun" está trabalhando para Pistorius. Em seu site, Higgins oferece serviços de "administração de crise" e "representação de celebridades". Entre seus clientes estão Chelsea e Manchester United.
Pistorius será acusado por Gerrie Nel, que ganhou fama por ter conseguido a condenação, por corrupção, de Jackie Selebi, ex-chefe de polícia da África do Sul e ex-diretor da Interpol no país.