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NY Cosmos volta à ativa e quer estádio de R$ 800 milhões

EUA Clube que teve Pelé como sua estrela maior nos anos 1970 vai disputar liga menor do futebol no país

LUCAS FERRAZ EM NOVA YORK

Após quase 30 anos do seu fim, o New York Cosmos, time que teve estrelas do futebol mundial e foi responsável por popularizar o esporte nos EUA, renascerá em 2013.

A ressurreição do clube, que nos anos 1970 contou com nomes como Pelé, Carlos Alberto Torres, Cruyff e Beckenbauer, já tem data: ocorrerá em agosto, numa liga que é considerada a segunda divisão norte-americana.

Será o primeiro torneio oficial desde 1985, quando o clube fechou seu departamento de futebol profissional.

O plano da nova diretoria é ambicioso. Prevê construir um estádio no distrito de Queens para 25 mil pessoas, que deve custar cerca de US$ 400 milhões (R$ 800 milhões).

A previsão é inaugurá-lo em 2016. Até lá, esperam ter transformado o clube novamente no maior dos EUA.

"O desafio vai ser conseguir montar uma equipe tão forte e conhecida no mundo todo, como no meu tempo", afirmou Pelé, em entrevista à Folha, por e-mail.

Maior nome da história do clube, o ex-atleta encerrou a carreira nos EUA, em 1977, após atuar no país por dois anos. O brasileiro é presidente honorário do Cosmos.

Não é de hoje que o clube tenta renascer. A primeira tentativa ocorreu em 2001. Há três anos, com a presença de Pelé em Nova York, o retorno foi mais uma vez anunciado.

Mas, com a venda da marca, o projeto foi adiado. Agora, o Cosmos está sob o controle de Seamus O'Brien, do grupo Sela Sport, que atua na Arábia Saudita e é ligado ao World Sport Group, uma das mais importantes empresas de marketing esportivo do mundo, com atuação na Ásia.

A Folha indagou sobre o investimento necessário para reconstruir o clube, mas a diretoria do Cosmos informou que os valores são sigilosos.

Mas o renascimento parece modesto. O clube ainda não tem um lugar para treinar e tampouco já formou o elenco para a temporada.

Os jogos do Cosmos, até a construção do estádio, deverão acontecer em um campo da Universidade de Hofstra, uma faculdade privada em Long Island, Nova York.

O técnico da equipe é o venezuelano Giovanni Savarese, 41, que atuou na seleção de seu país. Em entrevista à Folha, ele disse que o clube está à procura de atletas.

"Estamos trabalhando para reconstruir o gigante do futebol que o clube foi. Mas, claro, com identidade nova."

Por enquanto, o clube já contratou dez jogadores -oito americanos, um espanhol e outro guatemalteco.

Segundo pesquisa da ESPN, jovens americanos entre 12 e 24 anos já têm o futebol como segundo esporte preferido -em primeiro, imbatível, continua o futebol americano, jogado com as mãos, armadura e bola oval.

E o público que comparece aos estádios em jogos da MLS, a principal liga de futebol do país, já é maior que o da NBA, a liga de basquete.

O objetivo do Cosmos é disputar a MLS. Mas, neste ano, e provavelmente no próximo, estará na NASL (sigla de Liga de Futebol da América do Norte), com clubes menores.


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