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  2014/2016

Prefeitura acaba com conselho sobre legado

Justificativa carioca é sobreposição de ações

FÁBIO SEIXAS DO RIO

Pouco mais de dois anos após ser lançado com discursos festivos, e exatamente no dia que marcou a metade da preparação carioca para receber os Jogos de 2016, a Prefeitura do Rio enterrou o grupo que discutia os legados da Copa e da Olimpíada.

Em decreto publicado ontem no "Diário Oficial do Município", o prefeito Eduardo Paes (PMDB) extinguiu o Conselho de Legado da Cidade.

A justificativa é que suas discussões seguiram caminhos parecidos com as de outro grupo, o Conselho da Cidade, que trata do plano estratégico do Rio até 2016.

Segundo a prefeitura, há a possibilidade de criação de uma organização mais ampla, em forma de comitê, com a intenção de discutir legado.

Não existe, porém, nenhuma definição sobre o formato do grupo ou sobre datas em que ocorrerão os despachos.

A prefeitura e as entidades participantes do Conselho de Legado procuradas pela Folha também não souberam informar quantas reuniões foram realizadas pelo grupo.

Cenário bem diferente daquele de fevereiro de 2011, quando da instalação do conselho, em cerimônia realizada no Palácio da Cidade.

"A prefeitura tem buscado dar o máximo de transparência às suas ações e mostrar sua preocupação com o legado. Nada melhor do que chamar figuras conhecidas da sociedade carioca, que possam cobrar das autoridades que todas as ações dos dois eventos levem em consideração os interesses da cidade", afirmou Paes, na ocasião.

Pelo menos duas das entidades participantes não foram informadas previamente da decisão de acabar com o conselho: o Instituto dos Arquitetos do Brasil e a Associação Comercial do Rio.

"A discussão sobre o legado é fundamental para a cidade. É vital que a população seja beneficiada. Aquele que não correu, que não competiu, mas que foi prejudicado pelas obras, merece uma compensação", disse Francisco Horta, vice-presidente da associação comercial.

"É importante que esses eventos tragam legados sociais, educacionais e culturais, não apenas novas construções", conclui Horta.

Rosiska Darcy, presidente da ONG Rio Como Vamos, não quis comentar.


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