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Coritiba corta concentração e quer fim de 'jogador bebê'

PARANAENSE
Clube libera elenco para dormir em casa antes de jogos

DE SÃO PAULO

Alex acorda ao lado de sua mulher, toma café da manhã e brinca com seus filhos. Às 11h, encontra seus companheiros de time, almoça, ouve a palestra do treinador e parte para o Couto Pereira.

Desde o início do ano, é assim a rotina do meia, ex-Palmeiras, Cruzeiro e seleção brasileira, em dias de jogos do Coritiba como mandante.

Mas dormir em casa na véspera de partidas não é privilégio do camisa 10. Todos os atletas da equipe paranaense gozam do mesmo direito.

O clube, após mais de três anos estudando o tema, decidiu copiar o modelo de concentração mais comum nos principais países da Europa.

Os atletas só precisam se apresentar na véspera da partida e dormir sob vigilância da comissão técnica em viagens ou situações especiais.

Na maioria dos jogos em casa, basta se unir ao grupo horas antes da ida ao estádio.

"Fizemos 76 jogos em 2012. Se formos contabilizar, dá 150 dias passados em hotel. Não dá para os jogadores ficarem tanto tempo afastados de suas famílias. Isso acaba os deixando cansados e estressados no fim do ano", afirmou o superintendente de futebol do clube, Felipe Ximenes.

Segundo o dirigente, a abolição da concentração (ou flexibilização, como ele prefere dizer) deve criar jogadores mais responsáveis e adultos.

"Temos de parar de tratar jogadores como bebês. O que estamos fazendo é dar mais direitos e deveres a eles. Quanto mais o pai controla, mais os filhos são rebeldes."

O atleta que se apresentar no dia do jogo sem condições físicas ou psicológicas de ser escalado, por noite mal dormida ou uso de álcool, receberá punições disciplinares.

Ximenes assegura que até agora nenhuma sanção foi aplicada e que a volta da concentração não será usada como punição, nem se todo o elenco se "comportar mal".

Com o novo regime de concentração, deixado de lado apenas no Atletiba, o Coritiba conquistou o primeiro turno do Paranaense e selou vaga na decisão do Estadual.

Mas o efeito da liberdade, segundo o técnico Marquinhos Santos, só será sentido mais adiante, durante o Brasileiro. "Acredito que os atletas vão se sentir mais felizes, e isso será positivo a médio e longo prazo. Atleta mais feliz rende mais." (RAFAEL REIS)


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