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Fabio Seixas

Sonho prateado

Mercedes cresceu para esta temporada, mas protagonismo ainda deve ser de Ferrari e Red Bull

A última impressão foi a que ficou. E, pronto, a Mercedes foi elevada ao posto de grande sensação do Mundial que começa em menos de uma semana. (Sim, o primeiro treino livre do GP da Austrália será às 22h30 da próxima quinta, horário de Brasília).

A equipe dos carros prateados foi a que mais andou na última bateria de testes em Barcelona: 2.239 km, contra 1.992 km da Ferrari, a segunda em rodagem. Além disso, marcou o melhor tempo, justamente no último dia: Rosberg registrou 1min20s130, 0s364 melhor do que Alonso. Confiável e veloz, pois. E, claro, isso salta aos olhos.

Com um orçamento sem fim, um gênio como Brawn no comando, a colaboração de Schumacher por três temporadas e um talento como Hamilton ao volante, era de se esperar que a Mercedes crescesse em algum momento. O momento chegou?

Tudo indica que sim. A equipe vai lutar pelo campeonato? Este colunista acha que ainda é muito cedo para dizer. Há atenuantes, afinal.

A Mercedes foi a que mais andou na última bateria de testes, mas, no acumulado dos 12 dias, essa primazia coube à Sauber: 5.307 km ante 5.224 km dos alemães.

Alguém aposta nos suíços?

Há as impressões e os depoimentos dos pilotos. Enquanto Rosberg exalta otimismo, Hamilton diz que a equipe ainda tem muito trabalho a fazer no equilíbrio do carro.

Em quem você confia mais?

Por fim, a história mostra que é preciso relativizar o cronômetro nessas condições. Na pré-temporada do ano passado, por exemplo, o mais veloz foi Raikkonen. Que ficou em terceiro no Mundial, mas sem entrar de fato na luta pelo título.

E é aí que cabe a comparação. Este parece ser o tamanho da evolução da Mercedes: capaz de colocar Hamilton na briga pelo terceiro lugar. Uma rival para a Lotus.

O que já é um belo salto, por ora. No ano passado, o mais bem colocado do time foi Rosberg, nono.

Ferrari, pelo que mostrou, e Red Bull, pela capacidade que tem, ainda estão na frente. Lotus está na mesma. E a McLaren caiu um pouco. Façam suas apostas.

CRISE

Somos um país em que muitos setores acreditam mais em sortes, milagres e acasos do que em trabalho.

É o caso do automobilismo.

A crise anunciada há tanto tempo chegou. Pela primeira vez desde 1978, o Brasil começará a temporada com apenas um piloto no grid.

Há 35 anos, Emerson. Hoje, a tarefa é de Massa. Na ocasião, o país foi salvo com o surgimento de Piquet, no ano seguinte.

Cinco anos depois, Senna deixou tudo mais brilhante. Desta vez, não há Piquets e Sennas no horizonte. E não há nenhum trabalho da CBA a médio ou longo prazo. Neste caso, a aposta é desnecessária. Não é difícil imaginar o que vai acontecer.

fabio.seixas@grupofolha.com.br


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