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Valdivia diz que errou ao reagir a torcedor

PALMEIRAS
Meia admite gesto obsceno só a um integrante da Mancha e afirma que quer continuar no clube

FABIO LEITE DE SÃO PAULO

Alvo da agressão de integrantes da Mancha Alviverde a jogadores do Palmeiras no aeroporto em Buenos Aires, anteontem, o meia Valdivia disse que o gesto obsceno feito em campo foi dirigido a apenas um torcedor da facção que o havia xingado ainda antes do jogo com o Tigre.

Numa coletiva de 40 minutos ontem no CT do clube para falar sobre o episódio, o chileno repetiu algumas vezes que não quis ofender a maior torcida organizada alviverde, disse para quem fez o gesto, mas admitiu que a atitude foi um erro.

"Meu problema não foi com a torcida Mancha. Foi só com uma pessoa que, assim que entrei em campo, começou a me xingar. Cometi o erro de responder com gestos", disse Valdivia.

No embarque do time na manhã de quinta-feira em Buenos Aires, um grupo de torcedores da Mancha tentou agredir o meia. Xícaras foram arremessadas contra o atleta e estilhaços atingiram o goleiro Fernando Prass, que teve a orelha ferida e levou três pontos na cabeça.

Segundo Valdivia, o torcedor que o teria xingado ainda no aquecimento já tentou agredir outro jogador do elenco alviverde. "Chamam ele de Zeca. Foi o mesmo que brigou com Fabinho Capixaba [no início do ano, em frente ao clube]", disse o meia.

Torcedores que estavam no estádio em Buenos Aires afirmaram que Wellington de Oliveira Almeida, 30, o Zeca Urubu, insultou o chileno.

Integrante da Mancha, ele também estava entre os agressores do volante João Vitor, alvo de torcedores em 2011 na loja oficial do clube.

Em 2001, Zeca Urubu invadiu o campo do Parque Antarctica para agredir um dos assistentes na semifinal da Libertadores em que o Palmeiras foi eliminado pelo Boca Juniors nos pênaltis.

Para Valdivia, a tentativa de agressão da organizada, que foi só mais uma de uma série de polêmicas nas quais se envolveu fora do campo, não o fará deixar o Palmeiras.

"Minha decisão de ficar aqui não passa pelo que aconteceu ontem [anteontem]. Já superei isso antes. Deu para mostrar quanto gosto de estar aqui depois do que aconteceu comigo no sequestro [em junho de 2012]", disse o chileno, que descartou acionar a polícia no caso desta semana.

O jogador disse ainda acreditar que está "pagando pelo que fiz no passado", mas destacou que está comprometido com o time neste ano e que tem "apoio incondicional" da atual diretoria.

Logo após o episódio, o presidente do clube, Paulo Nobre, defendeu o jogador, chamou os agressores de "bandidos irracionais" e disse que vai cortar os benefícios das torcidas organizadas, como entrada gratuita em jogos no exterior até que os envolvidos no caso sejam expulsos da facção.

Ontem, André Guerra, ex-presidente da Mancha, disse à Folha ser a favor de uma punição interna aos agressores, mas pediu a saída do camisa 10 do clube.

O Palmeiras informou que não vai acionar nem a polícia nem o Ministério Público pelo ocorrido na Argentina. A Promotoria informou que não pode investigar atos de agressão praticados fora do país.

Na quinta, três torcedores prestaram depoimento à polícia em Buenos Aires e foram liberados em seguida.


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