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Como a 1ª vez

Protagonista no Mundial, Guerrero diz que jogo hoje, com a torcida corintiana, será 'uma estreia' para ele

LUCAS REIS DE SÃO PAULO

O autor do gol que colocou o Corinthians no topo do mundo enfim vai conhecer a força da torcida do Corinthians em uma Libertadores.

Paolo Guerrero, 29, diz que a partida de hoje, contra o Tijuana, no Pacaembu, às 22h, será como uma estreia diante da torcida no torneio.

Algo que não ocorreu contra o Millonarios, há duas semanas, em jogo com portões fechados, após a morte do torcedor boliviano Kevin Espada, 14, em Oruro, na Bolívia.

"Foi uma situação difícil para todos, a nossa concentração nos jogos caiu um pouco depois do que aconteceu. Estamos retomando agora", disse à Folha o peruano, que veio da Alemanha dias após o título da Libertadores e roubou de Emerson, Romarinho e outros atacantes o protagonismo do Mundial de Clubes.

À beira de um dos campos do CT, ele falou sobre a fama de encrenqueiro que carregou ao chegar -na Alemanha, arremessou uma garrafa em um torcedor e ficou oito jogos suspenso após agredir um goleiro do Stuttgart. Em 2008, processou uma jornalista peruana, que chegou a ser condenada a prisão.

E falou sobre a atual fase do Corinthians. "Neste ano, vai ser muito mais difícil ganhar a Libertadores."

Folha - Você vai atuar em casa pela Libertadores com a torcida, tida como uma das grandes protagonistas do título do ano passado no torneio. Faz diferença para você?
Paolo Guerrero - Sim gosto de estar com a torcida, precisamos da torcida, é uma motivação especial. Vai ser como uma estreia para mim. Quando estava na Europa, com contrato, veio a oferta do Corinthians. Falei com meus pais, e duas coisas me motivaram: jogar o Mundial e a torcida no Pacaembu.

Você chegou para concorrer com heróis como Emerson, e Romarinho. Foi difícil a adaptação para o futebol daqui?
Eu ouvia muito sobre jogadores da Europa que estavam vindo para o Brasil. Aqui há um bom jogo, um bom nível. Isso também me influenciou a vir para cá, além de estar perto do Peru e da minha família após passar dez anos na Europa. Estranhei um pouquinho, mas eu queria jogar aqui. Acho que a mentalidade do futebol daqui é parecida com a do Peru, então pude me acostumar rapidinho.

Qual a diferença entre o time campeão do mundo e o atual?
Mudaram algumas peças, mas o sistema de jogo está igual ao do ano passado, tem as mesmas características. No ano passado, eu era centroavante, rodava com o Emerson. Agora, no ataque, nós quatro [Danilo, Renato Augusto, Pato e ele] trocamos de posição, o que dificulta para a defesa adversária.

Sabe que chegou ao Brasil com fama de encrenqueiro?
Sim, eu sei. Fiquei tranquilo, são coisas que aconteceram. Para mim não foi nada bom que um torcedor tenha ofendido minha família [no caso da garrafa arremessada]. Vivi muitas coisas difíceis. No caso da jornalista, não foi culpa minha, mas dela, por dizer coisas que não são certas [ela afirma que Guerrero fugiu da concentração do Peru na véspera de um jogo].

A que atribui tamanha idolatria no Peru?
Não sei, todo o Peru tem um carinho especial por mim. Tento dar tudo de mim nos jogos da seleção. O Peru tem muita qualidade, muito talento, e muita gente não vê isso. Quero que meu país se ressalte. Sonho em classificar o Peru para a Copa no Brasil.

O gol no Chelsea é o mais importante da sua vida?
Como centroavante, o meu trabalho é fazer gol. Chegou a hora em que eu tinha que fazer o gol no Mundial, foquei isso. Fiz muitos gols importantes, tanto na seleção quanto nos clubes. Mas foi o gol do título, e posso dizer que foi o mais importante.


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